Em clima de Olimpíada, Campanha Tributar os Super-Ricos aponta que iniciativa do Brasil à frente do G20 vale ouro, e deve levar a igualdade e a justiça social para o pódio
São Paulo – A Campanha Tributar os Super-Ricos, que reúne mais de 70 organizações sociais, entidades e sindicatos, celebrou a aprovação, por aclamação, da Ação Global contra a Fome e Pobreza. Esta é a principal iniciativa da presidência brasileira no G20 para combater a insegurança alimentar que atinge 700 milhões de pessoas no planeta.
A Aliança foi aprovada em encontro do G20 no Galpão da Cidadania, na cidade do Rio de Janeiro. Estavam presentes representantes de países do G20 – grupo das 20 maiores economias do mundo, mais União Europeia e União Africana. O Brasil e Bangladesh foram os dois primeiros países a aderir.
Durante o encontro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o combate à fome é uma escolha política dos governantes. “A fome não resulta apenas de fatores externos, ela decorre, sobretudo, de escolhas políticas. Hoje o mundo produz alimentos mais do que suficientes para erradicá-la. O que falta é criar condições de acesso aos alimentos”, disse.
O lançamento Oficial da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza está previsto para ocorrer em paralelo à Cúpula de Líderes do G20 em novembro de 2024.
Qualquer país do mundo pode aderir ao programa que prevê um conjunto de políticas públicas combinadas com fundos de financiamento globais pra gerar inclusão e cidadania e cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
A estimativa do G20 é de que a cada US$ 1 investido o retorno é de nove vezes o valor com redução de danos em outras áreas sociais.
Para a Campanha, trata-se de uma ideia que “vale ouro”. “Essa é a melhor olimpíada: isso dá pódio para a igualdade, para a justiça fiscal, para um mundo melhor!”, afirmam os movimentos, em publicação nas redes sociais.