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/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Sinposba participa do 3º Encontro Estadual de Comunicação da CTB Bahia

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A secretaria de Formação e Comunicação do Sinposba, Lucineide Sampaio, representou a entidade no 3º Encontro Estadual de Comunicação da CTB Bahia, no sábado, 13, em Salvador.

Conheça a pauta e deliberações do evento na matéria da CTB Bahia

Bons debates e metas definidas marcam 3º Encontro Estadual de Comunicação

Debates importantes e definição de metas deram o tom do 3º Encontro Estadual de Comunicação da CTB Bahia, realizado neste sábado (13), na sede do Sinpojud, em Salvador. Cerca de 40 entidades e mais de 80 pessoas [dirigentes e comunicadores] marcaram presença. Após a abertura política, os participantes debateram reflexões produzidas pelos convidados. Os desafios da comunicação no atual cenário político foi tratado pelo jornalista Altamiro Borges, presidente do Instituto de Mídia Alternativa Barão de Itararé.

“O movimento sindical tem três grandes desafios relacionados com luta política e comunicação. Primeiro é derrotar o fascismo no campo das ideias. Fizemos isso nas eleições, mas a extrema-direita segue fortes na sociedade e organizada na política. Depois, temos que fazer o governo Lula avançar ainda mais, diante do mercado financeiro e de um Congresso conservador e chantagista, que pode impedir que o presidente não cumpra seus compromissos. E o terceiro é recuperar a força dos movimentos sociais e do sindicalismo, ganhando fôlego e musculatura para essa luta”, enfatizou Borges, que falou por vídeoconferência.

Para o jornalista, ainda estamos perdendo a luta no campo digital. “Também precisamos combater a grande mídia, que ataca o governo Lula e os direitos sociais. Como caminhos, temos: lutar para mudar a regulação dos meios de comunicação com a aprovação dos projetos que tramitam no Congresso; regular a lei de radiodifusão [apenas 7 famílias controlam os veículos], exigindo uma nova Conferência Nacional de Comunicação; o governo aumentar investimento publicitários nas mídias alternativas; fortalecer o FNDC [Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação]; as entidades verem comunicação como investimento estratégico da luta política atual, e não como gasto; reforçar o trabalho em rede compartilhando mais os nossos conteúdos; aprimorar a linguagem nas redes sociais, que trabalha com emoção, memes, simplicidade e é mais direta [PL do Estuprador foi uma grande sacada do movimentos de mulheres, pois ganhou a sociedade]”, pontuou.

CRIMES CIBERNÉTICOS E PROJETOS DE LEI

Ao tratar do tema “crimes cibernéticos”, o vereador do PCdoB em Salvador e presidente licenciado do Sindicato dos Bancários, Augusto Vasconcelos, ressaltou que a comunicação é arena de disputa de ideias, valores e princípios na luta política. “Com a internet e as redes sociais, vários crimes foram amplificados e ganharam novas roupagens. As big-techs direcionam a distribuição de desinformação, do ódio e dos rumos da sociedade. Além de regular o setor, nossas lideranças precisam ter atitude militante nas redes sociais e atuar nas suas bases para convencer as categorias para ideias avançadas. Se apresentar mais como lideranças políticas e atrair a atenção da sociedade. Se usar TikTok para comunicar, é misturar ‘dancinha’ a bons conteúdos políticos”, destacou.

Também por vídeoconferência, o pesquisador Ergon Cugler falou sobre os projetos de lei  que tramitam no Congresso e tratam da regulação das mídias (PLs 2630 e 4338). “É importante mostrar à população que quando alguém dissemina mentira, quer ganhar algo e bagunçar a realidade. Vemos indústrias de propagação do ódio e da desinformação. As plataformas entregam conteúdos, não porque são bons, mas porque viciam e engajam pessoas. Elas fazem lobbies para não mexer nas leis e saírem ganhando. Por isso, é preciso regular, como alguns países já fizeram. Temos que mostrar à população que os projetos defendem liberdade com responsabilidade; transparência das empresas, com regras claras e relatórios sobre como está o combate aos crimes nas redes; e buscam evitar a ditadura dessas big-techs sobre a sociedade”, explicou.

OFICINAS E METAS

No período da tarde, a jornalista e especialista em redes sociais, Larissa Gould falou sobre características das redes sociais e fez uma oficina para mostrar o funcionamento das ferramentas mais usadas na produção de conteúdo, como Canva e Capcut. “É essencial definirmos como atuar e ter uma ação coordenada nas redes e nas ruas. Nossos dirigentes podem emprestar sua credibilidade para fortalecer perfis e páginas das entidades. É importante analisar o perfil dos públicos que se quer atingir para segmentar a produção de conteúdos. Vídeos curtos e com legendas interessantes ajudam a passar mensagens. É ficar de olho nos trends [conteúdo que está em grande destaque e viraliza pelas redes] e produzir nossos materiais”, destacou, mostrando outras dicas interessantes.

Ao final, o secretário nacional de Imprensa e Comunicação da CTB, Anderson Guahy, elencou várias metas que as entidades classistas devem atingir para melhorar o trabalho geral de comunicação e da rede estadual.

As metas para as entidades são:

>> Cuidar melhor das nossas “bolhas” para, depois, atingir outras;
>> Projetar mais nossas lideranças, nas categorias e na sociedade;
>> Realizar reuniões periódicas para definir pautas de trabalho;
>> Produzir materiais impressos conjuntos e com identidade classista em lutas gerais;
>> Firmar alianças e desenvolver trabalhos com redes comunitárias;
>> Fazer mais postagens em Collab (sindicatos com CTB Bahia e CTB Nacional).

www.ctbbahiaorg.br

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