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/ segunda-feira, julho 1, 2024
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Efeito Lula: desemprego cai a 7,1% e Brasil se aproxima do “pleno emprego”

Lula em ato em Contagem. Créditos: Ricardo Stuckert / PR Plinio Teodoro Por Plinio Teodoro
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O índice de 7,1% representa a menor taxa de desemprego para um trimestre encerrado em maio desde 2014. Em 2010, Lula deixou seu segundo mandato com taxa de 5,7% de desocupação

Dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram uma nova queda na taxa de desemprego, que chegou a 7,1% no trimestre encerrado em maio de 2024.

O resultado mostra um recuo de 0,7 ponto percentual frente ao trimestre anterior, encerrado em fevereiro, e de 1,2 ponto ante ao mesmo período de 2023.

O índice de 7,1% representa a menor taxa de desemprego para um trimestre encerrado em maio desde 2014, quando foi registrado o mesmo percentual de desocupação.

Nas redes, Lula comemorou e usou o índice para alfinetar o mercado, que tem feito projeções pessimistas e fora da realidade sobre a economia brasileira. “O Brasil está gerando empregos e está com a menor taxa de desemprego em 10 anos. Mais uma melhora acima das expectativas”.

Com o resultado, o governo coloca o Brasil novamente no caminho do chamado “pleno emprego”. Em 2010, o presidente deixou o Planalto, encerrando seu segundo mandato com uma taxa de desemprego de 5,7%, registrada no mês de novembro.

Em entrevista ao portal R7, Pedro Afonso Gomes, economista e presidente do Corecon-SP (Conselho Regional de Economia de São Paulo), afirma que no Brasil pode ser considerado “pleno emprego” a permanência da taxa abaixo dos 7% por um ano.

“Alguns economistas colocam 3,5% como o percentual ideal de desempregados para que a economia funcione normalmente. Outros dizem 5,5%. […] Se a economia funciona de maneira mais dinâmica, admite-se um desemprego maior, de até 7%, como no caso brasileiro”, disse.

Pleno emprego

Em maio, o Comitê de Política Monetário (Copom) do Banco Central (BC) sinalizou o fim do ciclo de quedas na Selic – a taxa básica da economia – alegando que o mercado de trabalho está apresentando “maior dinamismo que o esperado”.

Principal alvo de críticas de Lula por atravancar os investimentos produtivos, a taxa, que foi mantida em 10,5%, vem sendo usada por Roberto Campos Neto para boicotar a economia do país.

Em entrevista à CNN Brasil em maio, o presidente do BC afirmou que apesar de o pleno emprego ser desejado, existe a preocupação de a elevação dos salários gerar inflação.

“A preocupação vem quando as empresas não conseguem contratar, e você tem que começar a subir o salário. Se você sobe o salário para o mesmo nível de produção, isso significa que você está iniciando um processo inflacionário. Então, a preocupação vem daí”, disse cerca de um mês antes do Copom decidir pela manutenção da Selic.

A taxa básica de juros, definida pelo BC, influencia as demais taxas de juros, como a dos bancos, impactando também o nível de atividade econômica do país. Quanto maiores os juros, menor o incentivo para se investir na produção, que gera emprego e renda.

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