Acordar, não ter o que comer, ouvir a barriga roncar e simplesmente ter de se conformar. Esta é a realidade de uma em cada quatro crianças com menos de 5 anos no mundo, que sofre de “grave pobreza alimentar”. Isso quer dizer que mais de 180 milhões correm sérios riscos para a saúde caso não tenham uma dieta nutritiva e diversificada. É o que aponta a Unicef.
Segundo as recomendações da agência da ONU (Organização das Nações Unidas) para a infância, as crianças pequenas precisam consumir todos os dias alimentos de pelo menos cinco dos oito grupos (leite materno, cereais, frutas e vegetais ricos em vitamina A, carne ou peixe, ovos, laticínios, legumes, outras frutas e vegetais). Para quem vive na pobreza extrema, algo inalcançável.
O ultraliberalismo promove a desigualdade e causa danos a toda humanidade. A fome é uma das consequências mais graves. Apesar da orientação da ONU, 440 milhões de crianças com menos de 5 anos de idade (66%) que vivem em 137 países de baixo e médio rendimento não têm acesso a estes cinco grupos todos os dias. Deste total, cerca de 181 milhões (27%) consomem no máximo alimentos de dois grupos. Probabilidade maior de desnutrição. (
www.bancariosbahia.org.br/Ana Beatriz Leal