Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, setembro 20, 2024
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Entidades defendem menos juros e mais investimentos para alavancar reindustrialização

Ricardo Alban, presidente da CNI, e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, durante entrega do documento da indústria. Divulgação
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Reduzir a taxa básica de juros, colocar a indústria no centro da agenda nacional de desenvolvimento e fortalecer o BNDES, defendem a CNI, todas as federações e 74 associações industriais em documento entregue ao governo Lula

Representantes da indústria brasileira cobram a redução dos juros e a implementação de uma política industrial robusta, em manifesto divulgado na terça-feira (28).

“Para que as indústrias se financiem a taxas de juros menores”, defendem os dirigentes, “é preciso reduzir a taxa básica de juros e atacar os componentes do elevado spread bancário”, diz o documento, assinado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), todas as federações estaduais e 74 associações industriais.

 

Os juros do Banco Central, através da Selic, taxa de juros básicos da economia, hoje em 10,50%, impõe grande arrocho ao setor produtivo, impedindo investimentos e novos projetos e mantendo o Brasil em segundo lugar no ranking mundial de juro real (descontada a inflação).

A nota conjunta foi entregue ao vice-presidente da República e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, em cerimônia de entrega da medalha da Ordem do Mérito Industrial, um evento realizado na sede da CNI, em Brasília.

O documento dispõe de 10 orientações do setor para ajudar na agenda nacional de reindustrialização do país. Para a CNI, “a implementação de uma política industrial robusta é uma questão de sobrevivência para o Brasil e a reindustrialização do país deve ocorrer em bases mais modernas de desenvolvimento”, defendeu a entidade em nota.

O evento também contou com as presenças dos ministros da Casa Civil, Rui Costa, das Comunicações, Juscelino Filho, além dos presidentes  do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, e do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.

Em janeiro deste ano, o governo Lula lançou a política Nova Indústria Brasil (NIB), que visa um aporte de R$ 300 bilhões para o setor, que serão distribuídos até 2026, via  linhas de crédito e recursos não reembolsáveis, com o fim de reverter o processo de desindustrialização no país.

No manifesto, os industriais defendem que a política industrial deve ser colocada no “centro da agenda nacional de desenvolvimento”.

“Suas diretrizes devem ser adotadas como parâmetros para a elaboração de outras políticas de Estado. Seu papel é permitir ao Brasil e às empresas brasileiras responder aos desafios atuais se tornando mais produtivas, de modo a transformar nossa realidade socioeconômica com mais empregos e renda”, afirmam os representantes da indústria.

O setor entende como importante que sejam “garantidos recursos para o financiamento de investimentos na indústria no volume e ao custo necessários para que o setor contribua decisivamente para o cumprimento das missões da nova política industrial e que, consequentemente, ocorra ampliação e modernização do parque industrial. Fortalecer e capitalizar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e os bancos de desenvolvimento”, defenderam também no documento.

Entre as dez orientações está a “redução do custo da energia, aumentar a oferta de gás natural a preços competitivos, melhorar a qualidade das estradas, reduzir o uso do transporte rodoviário em longas distâncias com substituição por outras modalidades e modernizar o sistema portuário para receber navios de grande porte”.

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