No dia 17 de abril, de 1966, no estado do Pará, 19 trabalhadores rurais sem terra foram brutalmente mortos pela Polícia Militar. Este trágico episódio, ficou conhecido como “Massacre de Eldorado dos Carajás”. Em memória desses de trabalhadores e trabalhadoras, esse dia foi consagrado como o Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores do Campo. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), juntamente com outras entidades e movimentos sociais do campo, utiliza a data para pressionar o governo a priorizar a reforma agrária e outras políticas essenciais para a população rural.
É fundamental reconhecer que os trabalhadores e trabalhadoras do campo desempenham um papel vital na produção de alimentos que abastecem as mesas de milhões de pessoas diariamente. No entanto, eles continuam a enfrentar obstáculos significativos, incluindo a perda de direitos e a criminalização de sua luta pela terra. É uma realidade injusta, onde a terra está concentrada nas mãos de uma minoria, privando-os oportunidade de cultivar.
Sérgio de Miranda, secretário de finanças da CTB, destaca a importância desta data não só para o Brasil, mas para toda a comunidade global dos trabalhadores rurais, enfatizando a necessidade de políticas abrangentes que reconheçam sua contribuição essencial.
Gabriel Bezerra dos Santos, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais (CONTAR), reforça a urgência de abordar questões como a informalidade no trabalho rural e a persistência do trabalho análogo à escravidão. Ele ressalta a necessidade de políticas e estratégias que garantam o bem-estar desses trabalhadores e impulsionem o setor agrícola, fundamental para o abastecimento alimentar e o desenvolvimento econômico do país.
Portanto, o Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Campo não é apenas uma data de reflexão e homenagem, mas também um chamado à ação para garantir que suas vozes sejam ouvidas e seus direitos sejam respeitados em todo o mundo.
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