Em janeiro, 30,5% da renda mensal das mulheres estavam destinadas a quitar empréstimos. Um dos motivos para o comprometimento do salário com dívidas é a estrutura familiar. Hoje, muitas trabalhadoras lideram lares e assumem, portanto, a responsabilidade financeira.
Para as mulheres, o mercado de trabalho é cruel. Na verdade, a sociedade. Muitas enfrentam jornada tripla e ainda têm de lidar com dívidas acumuladas, responsabilidades diversas e salários menores. Levantamento da CNC (Confederação Nacional do Comércio) revela que o endividamento consome mais a renda delas.
Em janeiro, 30,5% da renda mensal das mulheres estavam destinadas a quitar empréstimos. Um dos motivos para o comprometimento do salário com dívidas é a estrutura familiar. Hoje, muitas trabalhadoras lideram lares e assumem, portanto, a responsabilidade financeira.
Estudo do FGV-Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas) revela que, de 2012 a 2022, o número de domicílios liderados por mães solo cresceu em 17,8%, pulou de 9,6 milhões para 11,3 milhões.
Paralelamente, a desigualdade salarial persiste. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geogra?a e Estatística), a diferença de remuneração entre homens e mulheres vai a 22%. Uma brasileira recebe, em média, 78% do que ganha um trabalhador. Mais uma prova de que a Lei da Igualdade Salarial, sancionada pelo presidente Lula no ano passado, precisa ser cumprida.
www.bancariosbahia.org.br/Ana Beatriz Leal