Número de óbitos chegou a 769 em janeiro, ficando atrás somente dos Estados Unidos. Reforço da vacinação é o principal meio de enfrentamento
Ao contrário do que muitos pensam, o SARS-CoV-2, o vírus da covid, continua circulando e demanda cuidados. Neste quesito a principal atenção deve ser dada às doses de reforço de vacina para prevenir quadros graves da Covid-19.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) trazidos pela DW, o Brasil teve em janeiro de 2024 um total de 769 mortes, uma média de 27 óbitos por dia, ficando atrás apenas dos Estados Unidos com 6.800 mortes no período.
Os números alarmantes são corroborados pela reportagem da BBC. Os dados trazidos se estendem até 17 de fevereiro com base no Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e mostram que foram 1.325 mortes por covid-19 no Brasil. Já o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e a OMS indicam que nos EUA a situação continua grave com a ampliação para 10,6 mil óbitos.
Nesta nova etapa de circulação de vírus os óbitos tem se concentrado em imunossuprimidos e em idosos, indicando a transição da pandemia para endemia.
Os pesquisadores destacam entre as vítimas aquelas que tem problemas cardiovasculares ou diabetes, como relatado por Ralcyon Teixeira, diretor da Divisão Médica do Instituto Emílio Ribas, ao DW Brasil.
No Brasil o número de casos deveria ser menor, de acordo com o microbiologista Átila Iamarino, se o calendário de imunização estivesse melhor estabelecido, como o da gripe que já está na programação anual da população.
Ainda são trazidos dados que apontam que a cada 100 mil brasileiros a doença é contraída por 60 pessoas. Já a taxa de mortalidade a cada 100 mil pessoas foi de 201 (2021) para 0,37 (2024), mesmo com a variante ômicron.
Agora os desafios se encontram no avanço da vacinação, pois 18% da população brasileira ainda não recebeu as duas doses das vacinas monovalentes – somente 82% completaram esta etapa (167 milhões). O Ministério da Saúde ainda mostra que 53% dos brasileiros está com todos os reforços da vacina.
Para superar esse teto é necessário enfrentar as fake news antivacinas que se disseminaram pelo país e incentivar campanhas que expliquem a necessidade da continuidade dos reforços.
O Ministério da Saúde tem feito sua parte e inseriu no cronograma de vacinação do país as três doses da vacina contra a Covid-19. As vacinas são da Pfizer e fazem parte do Programa Nacional de Imunização (PNI), com obrigatoriedade para crianças entre seis meses e quatro anos.
Mortes
A OMS revela que desde o início da pandemia os Estados Unidos tiveram 1,2 milhão de mortes ocasionadas pela Covid-19. O Brasil é o segundo no trágico ranking com 702,1 mil óbitos, seguido por com Índia (533 mil), Rússia (401 mil) e México (335 mil).
www.vermelho.org.br/Informações DW e BBC