Mais um retrato de um Brasil desigual e perverso. Embora o país tenha 11 milhões de residências desocupadas, o número de pessoas em situação de rua disparou nos últimos anos, saindo de quase 22 mil em 2013 para 227 mil em 2022, boa parte nos últimos seis anos – dois de Temer e quatro de Bolsonaro.
Estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostra o porquê. O avanço da política ultraliberal, com arrocho econômico, corte de investimentos, privatizações, elevou o desemprego e o custo de vida. Isso trouxe trágicas consequências a milhões de pessoas.
Entre as pessoas que hoje vivem nas ruas, 54% aponta a exclusão econômica como motivo para não ter moradia. Outros 47,3% alegam ruptura de vínculos familiares e 32,5% problemas de saúde.
Para acolher essa parte da população, o governo Lula lançou, nesta semana, o Plano Ruas Visíveis. A iniciativa, com investimento inicial de R$ 982 milhões, abrange sete eixos: assistência social, saúde, violência institucional, cidadania, educação, cultura, habitação, trabalho e renda e produção e gestão de dados.
As ações preveem se cozinhas solidárias, expansão de unidades de acolhimento para pessoas com dependência química, formação de agentes de segurança pública, e a criação de um canal de denúncias no Disque 100 – Disque Direitos Humanos.
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