O racismo sistêmico exerce impacto devastador na saúde da população negra brasileira. As desigualdades atingem diversos aspectos da saúde, desde o nascimento até a morte. A taxa de mortalidade materna é mais alta entre mulheres negras. O risco de morte materna é 60% maior em comparação com as brancas, segundo o Ministério da Saúde.
O racismo influencia a vida dos negros e afeta a qualidade do atendimento médico que recebem. Isto resulta em tratamento desigual, viés racial implícito e discriminação, o que prejudica o diagnóstico de doenças.
A população negra também enfrenta maior incidência de doenças infectocontagiosas, como Sífilis. Cerca de 70% das crianças com sífilis congênita (transmitida durante a gestação) são de mães negras.
A pandemia de Covid-19 exacerbou as desigualdades raciais. Estudos revelam que pessoas negras enfrentaram maior exposição ao vírus devido a condições de vida desfavoráveis. As barreiras sociais, incluindo questões de renda, continuam a dificultar o acesso à saúde.
Especialistas destacam a necessidade de políticas públicas que considerem as perspectivas étnico-raciais, combatam o racismo institucional e abordem problemas de saúde prevalentes na população negra, como anemia falciforme, diabetes, hipertensão e doenças infecciosas.
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