Esses dados trazem à tona a covardia sobre a persistente e inaceitável realidade do trabalho infantil, que coloca em risco a vida de crianças e adolescentes no país.
Um estudo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) revelou que, no Brasil, entre 2011 e 2020, ocorreram 24.909 casos de acidentes de trabalho envolvendo menores de 18 anos, que resultou em 466 mortes.
Esses dados trazem à tona a covardia sobre a persistente e inaceitável realidade do trabalho infantil, que coloca em risco a vida de crianças e adolescentes no país.
O estudo, baseado em informações do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) e do SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade), mostram que a maioria das vítimas é composta por jovens do sexo masculino (82%), com idades entre 16 e 17 anos (85%), sendo, em sua maioria, de origem étnica branca (44%).
No entanto, quando o foco se volta para o trabalho infantil, é notável que crianças negras (pretas e pardas) representam uma parcela significativamente maior, com 56%, em comparação com 40% de brancos.
O setor de serviços, que inclui trabalhadores como entregadores de delivery e vendedores ambulantes, se destaca como um dos principais contribuintes para o trabalho infantil no país. Além disto, segmentos como a agropecuária, a indústria extrativista e a construção civil são responsáveis por um número desproporcional de mortes.
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