Sob o pretexto de retaliar o ataque promovido pelo Hamas no sábado (7), o governo da extrema direita de Israel, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, está promovendo um genocídio contra os palestinos confinados na Faixa de Gaza.
O cerco total ao território de 365 Kms, onde sobrevivem 2,3 milhões de palestinos, impedindo a circulação e abastecimento de remédios, alimentos, água e bens essenciais à sobrevivência, é proibido pelo direito humanitário internacional, conforme ressaltou com indignação o Alto Comissário da ONU, Volker Türk.
A ofensiva assassina do Estado sionista, que compreende ainda bombardeios indiscriminados, já ceifou a vida de centenas de palestinos e palestinas, incluindo crianças, deixou mais de 600 mil pessoas sem água e está provocando uma catástrofe humanitária sem precedentes.
A natureza infame das ações promovidas pela extrema direita sionista transpareceu nas declarações racistas do ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, que comparou os palestinos a “animais”, lembrando o tratamento reservado pelos nazistas a judeus, comunistas, ciganos e adversários.
A CTB condena o genocídio em curso, reitera sua solidariedade ao povo palestino e defende o imediato cessar fogo. É preciso lembrar que as principais vítimas do conflito, de ambos os lados, são membros da classe trabalhadora e do povo, sobretudo os mais pobres e vulneráveis.
É inadmissível que o governo israelense continue se comportando impunemente à margem do direito internacional, sob o guarda chuva militar dos Estados Unidos.
A opressão e o cerco israelense não são de hoje, atravessam décadas. Há anos que a população palestina vive acossada e segregada, com a Faixa de Gaza transformada em um verdadeiro campo de concentração, sem direitos e sem perspectivas. Agora estão sendo considerados como sub-humanos e deixados sem acesso a água, comida e energia.
A paz não pode prosperar em tal ambiente. Entendemos que é hora de encontrar uma solução justa capaz de garantir estabilidade e pacificar a região e esta passa pelo imediato cessar foto e a criação e o reconhecimento do Estado Palestino, que também cobram urgência.
São Paulo, 10 de outubro de 2023
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)