Nesta terça-feira (26), entre 7h e 11h, o GNV será vendido no posto Sogás, na Avenida General Graça Lessa, Ogunjá por R$2,854 o metro cúbico, abaixo do preço na bomba de, em média, R$ 4,14
O Sindiquímica Bahia realiza mais uma ação de venda do Gás Natural Veicular, (GNV), com preço reduzido para alertar a população sobre os riscos da privatização da Bahiagás, empresa estatal que faz a distribuição deste combustível para a indústria, postos e residências.
Como forma de alertar esta situação, os químicos vão promover, nesta terça-feira (26), entre 7h e 11h, a venda do GNV por apenas R$2,854 o metro cúbico no posto Sogás, na Avenida General Graça Lessa, Ogunjá. O gás, cujo preço na bomba é, em média, R$ 4,14, terá uma redução de mais de R$1,20 por metro cúbico. Não há limite de combustível por veículo.
“O Sindiquímica é contra a entrega da Bahiagás nas mãos da inciativa privada, cujo interesse apenas com o lucro pode fazer os preços aumentarem, tornando a vida dos trabalhadores ainda mais difícil”, alerta Alfredo Santos Jr., diretor do Sindiquímica e da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Bahia).
A ação no posto ocorre na véspera da Assembleia Legislativa da Bahia realizar a audiência pública “A Importância da Bahiagás para o desenvolvimento da Bahia”, que será realizada na quarta-feira (27) dàs 14h, no Centro Administrativo, Paralela.
“Queremos convocar toda sociedade a participar desta audiência e expressar nossa preocupação com a privatização da maior distribuidora de gás natural do Nordeste e a segunda maior do Brasil, responsável por contribuir com o fortalecimento da indústria do estado”, completou Alfredo Santos.
A audiência pública será uma oportunidade para ouvir dos deputados estaduais da Bahia sobre um posicionamento sobre a revogação da Lei Estadual nº 7.029 de 1997, que autoriza o Poder Executivo a promover a desestatização da Companhia.
“A nossa mobilização é também para pressionar o governador Jerônimo Rodrigues a realizar o imediato distrato com o grupo Genial, contratado para realizar estudos sobre viabilidade da venda da empresa. Se o governo não tem interesse em privatizar, por que gastar dinheiro público com este estudo?”, questiona o diretor sindical.
Para o Sindquímica Bahia e trabalhadores da Bahiagás privatizar a empresa é trair os baianos que nas últimas eleições aprovaram nas urnas, tanto na esfera estadual como federal, uma política de proteção ao patrimônio público e do controle do estado nos setores estratégicos como é o caso de gás e energia.
“A Bahiagás atende hoje a rede residencial, restaurantes e hospitais, taxistas e motoristas de aplicativo, além das indústrias. O Polo Petroquímico de Camaçari não existe sem gás natural, que entra como matéria-prima, como combustível e como redutor siderúrgico”, explica Apulcro Mota, funcionário da Bahiagás.
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