Se a Assembleia Geral da ONU fosse uma prova, não hesitaria em afirmar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva gabaritou todas as questões. Ao subir à tribuna, Lula mostrou a potência diplomática do país e falou com a legitimidade de um estadista. Em nove meses de governo, o mundo já percebe o Brasil como uma nova nação, onde o respeito e a democracia reforçam o processo de reconstrução social.
Lula fez um discurso impecável ao defender as minorias e denunciar a fome que atinge 735 milhões de pessoas, enquanto os 10 maiores bilionários do mundo têm mais riqueza que os 40% mais pobres da humanidade. O presidente atingiu o ponto fraco do capital selvagem, que prega a exploração pelo lucro. Os aplausos não foram apenas pela fala contundente, mas também à humanidade de Lula.
Além de um exímio diplomata, Lula provou ser um pacificador. O presidente deixou bem claro que a construção de uma sociedade mais justa depende do esforço conjunto de todos, e, sobretudo, dos países mais ricos. O discurso de Lula me fez pensar que é preciso revisar o mapa do mundo para corrigir os equívocos históricos que levaram grande parte da civilização ao sofrimento.
O Brasil voltou ao centro dos debates do mundo. O império americano, que é o centro do capitalismo, firmou uma parceria inédita com o governo brasileiro para promover o trabalho digno. O acordo bilateral é relevante para o mundo do trabalho, pois coloca a classe operária, os mais desfavorecidos, no centro dos debates políticos e sociais, além de resgatar a importância e a história de luta dos sindicatos. Estamos nos referindo à inclusão social. O Brasil começa a escrever um novo capítulo na relação capital-trabalho.
Estamos vivendo um novo tempo. Retomo o que já disse em outros artigos: os trabalhadores devem apoiar o governo Lula. Temos muito embates pela frente. Precisamos frear as ações desse Congresso retrógrado e conservador, que insiste em elaborar leis com a visão do passado.
A economia voltou a crescer. Os números comprovam que o governo está no caminho certo. No entanto, há os negacionistas, como o presidente do Banco Central, Campos Neto, que se fecha à realidade. Mais uma vez, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM) frustrou as expectativas, inclusive as do mercado financeiro, que apostava em uma redução significativa das taxas de juros. Estamos dispostos a enfrentar o touro pelo chifre e vencer a batalha contra os juros elevados e o retrocesso.
www.agenciasindical.com.br/Eusébio Pinto Neto, Presidente do SINPOSPETRO-RJ e da FENEPOSPETRO