A desigualdade de gênero é prejudicial às mulheres, ao impedir o desenvolvimento profissional e pessoal. Empecilhos que geram pobreza. É o que aponta a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Apenas na chamada “dupla jornada”, com afazeres domésticos e cuidados de pessoas da família, as mulheres dedicam quase o dobro do tempo gasto pelos homens. Na média, elas gastam 21,3 horas semanais nessas atividades, enquanto os homens usam 11,7 horas. Entre as que possuem uma ocupação, a diferença das horas destinadas aos serviços de casa é de 6,8 horas por semana a mais do que os homens.
O levantamento ainda aponta que com a sobrecarga, as mulheres ficam sem tempo para se concentrar em outras esferas da vida, como finalizar a trajetória escolar, fazer curso de formação profissional, entrar no mercado de trabalho e outras questões como autocuidado, lazer e cultura. O que significa que as mulheres deixam de gerar renda.
Por isso, especialistas defendem mudança significativa na legislação para resolver o problema, como garantia de licença maternidade para todas as mães, aumento de dias da licença paternidade e ampliação das vagas em creches, extensão de horário da educação infantil e da assistência a idosos.
www.bancariosbahia.org.br