A superexploração do capital causa doenças mortais no trabalhador. Estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) revela que 750 mil pessoas morrem por ano em decorrência do excesso de trabalho
Em meio a um sistema feito para o acúmulo de riqueza e exploração do ser humano, a rotina de trabalhadores sem CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), como motoristas e entregadores de aplicativos, é cada vez mais exaustiva, com jornada extensa e desgastante de 70 horas semanais ou mais.
Estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) revela que 750 mil pessoas morrem por ano em decorrência do excesso de trabalho. A pesquisa, feita em 2021, aponta que trabalhar mais do que 55 horas semanais eleva em 35% o risco de AVC (Acidente Vascular Cerebral). As longas jornadas também aumentam em 17% a chance de doença isquêmica do coração (quando o fluxo de sangue que passa pelo órgão é comprometido).
A CLT e os sindicatos desempenham um papel fundamental na garantia dos direitos, oferecendo proteção contra jornadas abusivas e condições de trabalho desumanas. No entanto, a ilusão da flexibilização das relações de trabalho, como a uberização, coloca em risco os direitos conquistados ao longo dos anos.
Neste contexto, os brasileiros enfrentam uma realidade cruel, agravada pela reforma trabalhista de Temer e depois pela pandemia e o trabalho remoto, onde o celular se tornou espaço de trabalho incansável e constante, que alimenta a pressão mental para produzir mais. O excesso de trabalho resulta em sintomas de exaustão física e emocional, destruindo a qualidade de vida dos profissionais.
É preciso reconhecer as falhas intrínsecas do sistema capitalista, que coloca o lucro acima do bem-estar humano, criando uma realidade de muito trabalho, pouca remuneração e sem saúde. A estrutura perversa explora a mão de obra, priva de direito e incentiva uma cultura de produtividade desenfreada.
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