Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Juros elevados frustram geração de empregos formais no país, afirma Luiz Marinho

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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 “Não se justifica os juros praticados no Brasil. Hoje é o mais alto do mundo. Sacrifica não somente empregos, mas as contas públicas”, afirmou o ministro do Trabalho e Emprego

O Brasil abriu 155,2 mil postos de trabalho com carteira assinada em maio deste ano, segundo dados do  Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na quinta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Apesar do saldo positivo, é o terceiro mês consecutivo de desaceleração. Na avaliação do ministro da pasta, Luiz Marinho, a taxa de juros praticada pelo Banco Central (BC) está frustrando a criação de novos empregos formais no país.

Durante a divulgação do Caged de maio, Marinho afirmou que “o que frustrou um número ainda melhor é a ausência de crédito, e a ausência de crédito está vinculada diretamente aos juros praticados. Eu responsabilizo as autoridades que já teriam de ter iniciado um processo de redução dos juros do país”, criticou.

Mesmo com a inflação demonstrando clara desaceleração neste ano, estando em 3,94% no acumulado de doze meses até maio, segundo o IPCA calculado pelo IBGE, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC manteve a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano, patamar que está desde agosto do ano passado, estrangulando o consumo de bens e serviços do país e inibindo os investimentos.

“Não se justifica os juros praticados no Brasil. Hoje é o mais alto do mundo. Sacrifica não somente empregos, mas as contas públicas”, também afirmou o ministro, ao ressaltar que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, já estaria demitido se estivesse em uma empresa privada “pelo não cumprimento das suas obrigações”.

No mês de maio, em números absolutos, foram registradas 2.000.202 admissões contra 1.844.932 desligamentos, o que culminou no saldo de 155,2 mil postos de trabalho criados no mês. Para maio, a pasta esperava a abertura de 180 mil vagas formais, em linha com o resultado de abril. O resultado também representa uma queda de 44% frente a maio de 2022, quando foram criados 277,73 mil empregos formais.

Segundo o Ministério do Trabalho, nos cinco primeiros meses deste ano, foram gerados no país 865,36 mil vagas formais de emprego. Na comparação anual, corresponde a um recuo de 21,5%.

Serviços foi o setor que mais criou empregos no mês de maio, com 83.915 vagas. Na sequência vem a Construção, com 27.958 vagas; Agropecuária, com 19.559 vagas; Comércio, com 15.412 vagas; e a Indústria, com 8.429 vagas.

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