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/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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69,4 milhões de brasileiros estão inadimplentes

Economia, Moeda Real,Dinheiro, Calculadora
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Além das dívidas com bancos, alavancadas pelos juros extorsivos, 22,5% dos inadimplentes devem contas básicas como água, luz e gás de cozinha

Após onze meses seguidos de crescimento no número de brasileiros que não conseguiam pagar suas dívidas, a inadimplência no Brasil alcançou 69,4 milhões de pessoas em dezembro de 2022. Os dados são do Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas do Serasa, divulgado na terça-feira (24).

A desesperançosa situação de quase 70 milhões de brasileiros que, apertados pela falta de emprego, salários baixos e inflação, deixaram de arcar com compromissos financeiros, foi uma das marcas do governo Bolsonaro. De acordo com o Serasa, a soma das dívidas alcançou R$ 312 bilhões: distribuído pelo total de inadimplentes, é como se cada pessoa devesse, sem conseguir pagar, R$ 4.493,91.

Apesar disso, o número de pessoas devendo sem conseguir pagar diminuiu em dezembro em aproximadamente 405 mil pessoas em relação ao registrado em novembro, quando o número de inadimplentes somou 69,83 milhões. De acordo com o Serasa, isso se explica pelo pagamento do 13° no último mês do ano, usado por uma parcela dos endividados para pagar ou renegociar o que deviam.

Com o aperto nas rendas, uma das situações destacadas pelo Serasa no último período é o aumento do número de pessoas endividadas com o cartão de crédito. Antes usado para aquisição de bens, agora cada vez mais utilizado para a compra de itens básicos, como comida, em muitas residências brasileiras. O cartão, agora, é responsável pela maior parte das dívidas não pagas, 28,7% nos dados de dezembro. Os altos juros cobrados pelos bancos contribuem para o endividamento e, consequentemente, a inadimplência.

Em segundo lugar, vem a inadimplência com as contas básicas: 22,25%. Isso significa que o aperto das famílias chega até mesmo às despesas mais elementares e pode significar que muitos estão com serviços como água, luz e gás suspensos.

Em seguida, aponta a pesquisa, estavam as dívidas com o setor do varejo, representando 11,47%.

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