Pesquisa Ipec, instituto que substituiu o Ibope, mostra o caráter classista da disputa política que se trava hoje no Brasil, entre a democracia e o fascinazismo. Para 55% dos brasileiros, a imensa maioria pobre, que tanto sofreu com Bolsonaro, o país conseguirá sair da crise e Lula fará um governo bom ou ótimo, enquanto que para 21% dos entrevistados será ruim ou péssimo.
A imensa maioria que confia no novo governo vive no Nordeste (76%), região mais carente do país, 62% ganham até um salário mínimo e 62% são católicos. Entre a minoria que não crê em melhoras, 31% ganham acima de cinco salários mínimos, 27% têm ensino superior e 25% residem no Sudeste e Centro-Oeste. Fica evidente o antagonismo de classe.
Outro detalhe revelador: 64% da população acreditam que o novo governo está no caminho certo com as medidas já adotadas, na busca pela retomada do desenvolvimento sustentável, com superação da pobreza e redução das desigualdades, mas para 26% a expectativa é de fracasso.
Os dados revelados pelo Ipec reafirmam a importância de o governo Lula apostar na mobilização popular, conquistar o apoio das massas, a fim de promover as reformas políticas e econômicas que o Brasil necessita e neutralizar novas investidas golpistas da extrema direita. Garantir a democracia social.
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