A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) acredita que o futuro ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, terá como grande desafio resgatar o protagonismo da pasta.
Ex-ministro do governo Lula entre 2005 e 2008, o também ex-prefeito de São Bernardo do Campo foi o escolhido do presidente para compor a equipe do seu terceiro mandato. O anúncio foi realizado pelo presidente eleito Lula, nesta quinta-feira (22), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, após a cerimônia de apresentação do relatório final do Gabinete da Transição Governamental.
“Há necessidade da edificação de um sistema que tenha como condição uma ampla política de geração de emprego e renda. Do mesmo modo, devemos potencializar as ações do Ministério do Trabalho frente a um conjunto de gargalos estruturais. Eu diria que vai ser muito bom poder experimentar novamente uma frente de combate à precarização e à falta de infraestrutura nesse equipamento tão necessário à organização social dos trabalhadores. O MTE é fundamental para um projeto nacional de desenvolvimento”, afirmou o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo.
Para o dirigente, entre as pautas principais de Marinho estão o combate à informalidade e à insegurança, bem como ao trabalho análogo à escravidão. “Eu estou confiante de que o Ministério estará sintonizado com as necessidades do nosso tempo. Trabalho digno, saúde e segurança, inspeção do trabalho e um programa ambicionado em valorizar o trabalho e o trabalhador”, estimou Adilson.
O secretário-geral da CTB, Ronaldo Leite, por sua vez, espera que a pasta volte a ser “robusta, forte e atuante”. “Um Ministério do Trabalho que possa intervir nas políticas públicas de emprego, de trabalho e de valorização de um novo projeto nacional de desenvolvimento. Essa é a expectativa que a CTB tem, em unidade com todas as centrais sindicais”, declarou.
Outros ministérios
Além de Marinho, outros 15 nomes foram confirmados para compor a Esplanada dos Ministérios a partir de janeiro de 2023. Confira:
Alexandre Padilha (Relações Institucionais);
Márcio Macedo (Secretaria-Geral);
Jorge Messias (Advocacia-Geral da União;
Nísia Trindade (Saúde);
Camilo Santana (Educação);
Esther Dweck (Gestão);
Márcio França (Portos e Aeroportos);
Luciana Santos (Ciência e Tecnologia);
Cida Gonçalves (Mulheres);
Wellington Dias (Desenvolvimento Social);
Margareth Menezes (Cultura);
Anielle Franco (Igualdade Racial);
Silvio Almeida (Direitos Humanos);
Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio);
Vinícius Carvalho (Controladoria-Geral da União).
Até então, Lula já havia anunciado seis ministros do futuro governo (por ordem alfabética):
Fernando Haddad (Fazenda);
Flávio Dino (Justiça);
José Múcio Monteiro (Defesa);
Margareth Menezes (Cultura);
Mauro Vieira (Relações Exteriores);
Rui Costa (Casa Civil).