Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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‘Temos que destinar nossa atenção para a reconstrução e a transformação do país’, diz presidente da CTB, após Lula se comprometer com centrais sindicais

Foto: Cláudio Kbene/Divulgação
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O presidente Lula, em encontro nesta quinta-feira (1º) com representantes das centrais sindicais, reconheceu o quanto foi “importante e decisiva” a participação da classe trabalhadora para a sua eleição. Mais do que isso, ele se comprometeu em recriar uma mesa de negociações, de trabalho e conselhos, além de atuar junto ao Congresso Nacional para a aprovação de artigo na legislação sobre o financiamento dos sindicatos, sem retorno do imposto sindical. “Vamos construir um Brasil com mais direitos e dignidade para trabalhadores, gerar empregos e estimular novos mercados. E vamos fazer isso ouvindo todos”, afirmou o petista na reunião.

Presente ao evento, o presidente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, ressaltou a importância de fortalecer o movimento para combater a agenda ultraliberal implantada no país desde 2017. “Um governo democrático popular pressupõe melhorar as condições de vida da classe trabalhadora e do povo. Repetir que o movimento sindical não quer a garantia da sustentação material das entidades sindicais é repetir a cantilena do mercado e dos empresários que trabalham para quebrar, literalmente, a espinha dorsal do movimento sindical brasileiro”, avaliou o dirigente.

Para Araújo, preservar a autonomia e a independêcia do movimento se faz mais do que necessário, uma vez que a classe trabalhadora foi severamente atacada com as reformas dos governos Temer e Bolsonaro. Segundo o presidente da CTB, além do desmonte dos direitos sociais e trabalhistas, por meio de portarias e decretos, as medidas promoveram a limitação da negociação coletiva, insegurança jurídica e aumento do desemprego e da informalidade.

“A tese de que nós precisávamos modernizar as relações de trabalho no Brasil foi reivindicada pelo patronato, com a promessa de fortalecer a negociação coletiva e gerar empregos. Essa encomenda do mercado não chegou e não vai chegar. A grande contribuição que o movimento sindical brasileiro pode destinar ao ciclo que se inaugura em 1º de janeiro de 2023 é a destinação da nossa atenção para o programa de reconstrução e transformação do país. Esse caminho vai exigir a centralidade de um audacioso projeto de desenvolvimento nacional, que indique o caminho da defesa da democracia, da soberania dos direitos e da valorização do trabalho”, destacou Adilson.

Na avaliação de Adilson, “o novo governo terá que derrubar o ‘muro’ do teto dos gastos, um empecilho para a retomada dos investimentos públicos”. Salientou também a urgência de regulamentar a Convenção 151 da OIT, que garante a organização sindical, negociação coletiva e direito de greve para o funcionalismo público. Finalizou ressaltando da emergência do cumprimento do Piso Nacional da Enfermagem.

Presidente da Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal) e do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região, Assis Melo disse que o encontro foi positivo, por ter sido além do que uma simples saudação de Lula às centrais pelo esforço na campanha eleitoral. “O encontro marcou a reaproximação do próximo governo com o movimento sindical. Uma abertura para apresentarmos as nossas reivindicações. O presidente se comprometeu com questões importantes e necessárias para os trabalhadores, como o fortalecimento do movimento sindical, o aumento real do salário mínimo, a correção da tabela do Imposto de Renda e salário igual, trabalho igual, no caso das demandas das mulheres”, enumerou Assis.

Participaram do encontro os representantes das seguintes entidades: CTB, CUT, Força Sindical, UGT, NCST, CSB, Intersindical Central Sindical, Pública, Conlutas e Intersindical Instrumento de Luta.

www.ctb.org.br

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