O governo Bolsonaro vai deixar um rastro de destruição que compromete a assistência à saúde de milhões de brasileiros. O orçamento para a área no próximo ano pode ter redução de R$ 60 bilhões na comparação com 2022. Parte da verba, segundo denúncias, foi utilizada para o orçamento secreto, na tentativa fracassada de reeleger o presidente.
O desmonte da saúde pública foi denunciado pelo CNS (Conselho Nacional de Saúde) à ONU (Organização das Nações Unidas). Caso o atual texto seja mantido, a assistência aos povos indígenas, a farmácia popular, a distribuição de vacinas, a prevenção e tratamento de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) estão comprometidos. Como exemplo, na lei orçamentária de 2022, o gasto previsto com a assistência aos povos indígenas foi de R$ 1,4 bilhão. Para 2023, está previsto R$ 606,8 milhões.
O orçamento para o ano que vem ainda está em negociação. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e a equipe de transição buscam emplacar uma PEC com gastos de R$ 200 bilhões fora do tenebroso Teto de Gastos, para financiar os programas sociais.
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