Pela quinta semana seguida, o preço médio do litro da gasolina registra alta nos postos do país e ultrapassa a barreira dos R$ 5, de acordo com a pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgada na sexta-feira (11).
Na semana de 7 a 12 de novembro, o preço médio do litro avançou 0,8% frente à semana anterior, passando dos R$ 4,98 para os R$ 5,02.
O valor máximo do combustível foi encontrado a R$ 7,54 na região Sudeste do país.
Com a alta na gasolina, o preço do litro do etanol hidratado também subiu, avançou 2,43% frente a semana anterior, passando de R$ 3,70 para R$ 3,79. Essa é a sexta alta seguida no preço do combustível. O valor mais alto encontrado pela agência nesta semana foi de R$ 6,10 na região Nordeste.
O preço médio do litro do diesel apresentou sua segunda semana seguida de alta, ao subir dos R$ 6,58 para R$ 6,59, elevação de 0,15% frente aos sete dias da semana anterior. O combustível pode ser encontrado a R$ 8,52 na região Sudeste.
O preço da gasolina voltou a subir antes mesmo do segundo turno das eleições. O efeito do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis – promovida pelo governo Bolsonaro em busca da reeleição – que gerou uma queda artificial do preço dos combustíveis sucumbiu à decisão do cartel internacional do petróleo de realizar novos cortes na produção, fazendo com que o preço do barril de petróleo e seus derivados novamente disparasse no mercado internacional.
Como os preços dos combustíveis no Brasil seguem as referências do mercado externo, os importadores de combustíveis e a Refinaria de Mataripe, antiga RLAM da Petrobrás, entregue por Bolsonaro a um fundo árabe, já estão repassando os aumentos para os consumidores.
O povo brasileiro está pagando caro pelos combustíveis por decisão do atual governo. Nestes quase quatro anos no Palácio do Planalto, Bolsonaro manteve os preços dos combustíveis produzidos no Brasil dolarizados e atacou duramente a Petrobrás, com cortes nos investimentos e desmonte do patrimônio da empresa.
A Petrobrás, que na sua longa história traçou seus investimentos para garantir a nossa autossuficiência em petróleo com o fim de garantir a independência aos preços internacionais, por decisão do governo Bolsonaro, passou focar sua estratégia na extração visando exportações do óleo cru para beneficiar os acionistas, em grande parte estrangeiros; como o recente anúncio feito pela direção da companhia de pagar antecipadamente R$ 43,7 bilhões em dividendos aos acionistas.
Ao todo, no ano, a antecipação de distribuição de dividendos pela Petrobrás já atingiu R$ 180 bilhões. Enquanto os investimentos realizados pela estatal em 2022, até junho, chegam apenas a R$ 17 bilhões.
www.horadopovo.com.br