Como consequência das desigualdades sociais, regionais e de renda, as crianças nascidas em famílias pobres só têm 2,5% de chances de escapar da pobreza e melhorar de vida. O cenário se agravou nos últimos anos, com a política ultraliberal do governo Bolsonaro. É o que aponta estudo do Gappe (Grupo de Avaliação de Políticas Públicas e Econômicas).
Segundo o relatório, no Brasil atual metade das crianças nascidas em família pobre deve continuar na mesma condição quando adultas. Entre os filhos dos lares mais pobres, a probabilidade é de 46,1%. Para crianças pretas e pardas, o percentual de permanência na pobreza chega a 52,8%.
O estudo revela que o número de jovens que conseguem atingir o topo da estrutura social e de renda em uma única geração é bem menor no Brasil do que em países desenvolvidos.
Os dados ainda indicam outra realidade cruel. No Brasil, as meninas de famílias pobres têm 13% mais chances de ter uma gravidez na adolescência e apenas 7,2% vão conseguir ter graduação em ensino superior.
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