Deflação foi impulsionada pela queda nos preços dos combustíveis. Já o vilão da alta do mês foi, novamente, o leite longa vida, que subiu 14,21% e acumula alta de 79,79% no ano
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial do país, registrou queda de 0,73% em agosto, mas os preços dos alimentos, que mais impactam no orçamento dos mais pobres, não para de subir. O leite longa vida foi o vilão de agosto, com alta de 14,21% este mês e alta acumulada de 79,79% no ano.
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (24), em agosto o IPCA-15 registrou a menor taxa da série histórica, iniciada em novembro de 1991, por cauda da queda nos preços dos combustíveis, em particular da gasolina e do etanol, e da energia elétrica.
Com o resultado de agosto, o IPCA-15 acumula alta de 9,60% em 12 meses e de 5,02% no ano.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, seis registraram aumento de preços.
As quedas foram nos grupos dos Transportes, Habitação e Comunicação.
Confira:
- Alimentação e bebidas: 1,12%
- Habitação: -0,37% (queda de 3,29% nos preços da energia elétrica residencial).
- Artigos de residência: 0,08%
- Vestuário: 0,76%
- Transportes: -5,24% (queda no preço dos combustíveis de 15,33%. Também foram registradas quedas no etanol, de -10,78%, gás veicular, de -5,40%, e óleo diesel, de -0,56%).
- Saúde e cuidados pessoais: 0,81%
- Despesas pessoais: 0,81%
- Educação: 0,61%
- Comunicação: -0,30% (queda de 2,29% nos planos de telefonia fixa e de 1,04% nos de telefonia móvel).
Além do leite longa vida, outros destaques no grupo Alimentação e bebida foram:
. frutas, alta de 2,99%
. queijo, alta de 4,18%, e
. frango em pedaços (3,08%).
Com esses resultados, a alimentação no domicílio variou 1,24% em agosto.
A alimentação fora do domicílio teve alta de 0,80% em agosto, desacelerando em relação ao mês anterior (1,27%). Tanto o lanche (0,97%) quanto a refeição (0,72%) tiveram variações inferiores às de julho (2,18% e 0,92%, respectivamente).
A alta registrada em Saúde e cuidados pessoais (0,81%) foi influenciada pelos planos de saúde (1,22%), correspondente à fração mensal do reajuste de 15,50% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 26 de maio para os planos novos.
Confira mais dados na página do IBGE.
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