Só mesmo em uma democracia precária, que usa e abusa da excepcionalidade, para o Parlamento aprovar a elevação do Auxílio Brasil para R$ 600,00, às vésperas da eleição, com o claro propósito de ajudar a reeleição de Bolsonaro, na desvantagem em todas as pesquisas.
Socorrer os que mais necessitam deve ser uma das funções do Estado, o que nunca foi prioridade do governo Bolsonaro. Em quase 4 anos de mandato, só fez cortar direitos, extinguir políticas públicas e reduzir drasticamente a rede de assistência social.
A maior prova do caráter eleitoreiro da medida é que o pagamento só vai até dezembro próximo. Quer dizer, não é uma política pública voltada para os mais necessitados. Além de contrariar os preceitos constitucionais.
Outro detalhe, os R$ 600,00 tão propalados pelos bolsonaristas, diante da inflação galopante, hoje valem 20,7% menos, ou seja, perda absoluta de R$ 125,00 se comparados aos R$ 600,00 pagos em 2020, como auxílio emergencial da Covid, por pressão da oposição, pois Bolsonaro na época só queria pagar R$ 200,00. Manipulação vergonhosa.