Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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1,1 milhão de brasilienses estão com as contas atrasadas

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
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Com alta nos preços e sem aumento da renda, mais de 1,1 milhão de residentes na capital do país estão com contas atrasadas com bancos e cartões de crédito, além de contas de água e luz

De janeiro a maio o número de inadimplentes no Distrito Federal (DF) está mais alto em 2022. Mais de 1,1 milhão de residentes da capital do país estão nessa condição, de acordo com um estudo da Serasa Experian. O valor médio da dívida de cada brasiliense está em R$ 6.047,37 segundo a pesquisa, feita desde 2019.

Para especialistas, juntos, o aumento dos preços dos alimentos, combustíveis e da taxa de juro, podem justificar o cenário atual. “Soma-se a isso, o desemprego”.

Pelas políticas de Guedes e Bolsonaro não há perspectivas da reversão desse cenário, que entregue ao descontrole, deixa lei da barbárie prevalecer, com aqueles de menor renda sofrendo os efeitos dessa situação, enquanto agentes econômicos com posição dominante continuam a ter ótimo lucros, vide os bancos no país.

Os 1,1 milhão de inadimplentes representam quase metade da população economicamente ativa atual do DF, destaca o coordenador de graduação em economia, gestão pública e financeira do Centro Universitário Iesb, Riezo Silva.

“Essa alta dos preços, sem o aumento da renda, gera um maior endividamento das famílias”, esclarece. “Em geral, as principais dívidas são com cartão de crédito e bancos, além de contas básicas de luz e água, que tiveram um grande aumento nos últimos meses”, enumera Riezo.

A renda média do país, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) é de R$ 2.548, portanto muito menor do que os salários médios da capital do país que estão em R$ 6.423, conforme a Serasa. Chama atenção a atenção o grau de endividamento de uma população com uma renda duas vezes e meia da média nacional. Ainda que em patamares diferentes, a perda do poder de compras é generalizada também entre os segmentos de classe média.

Em 2019 a inadimplência analisada foi de 1016.071 brasilienses, em 2022 está 14% maior com 1.160.069 pessoas. Por faixa etária os cidadãos do DF entre 41 e 60 anos são os mais inadimplentes.

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