Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Alimentação consome mais de 60% do salário

Preço médio da refeição completa é de R$ 40,64. Foto: Antonio Cruz/ABr
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Somando o custo das refeições fora do lar com o preço da cesta básica, gastos com comida consomem R$ 1.546,43 da renda média do trabalhador brasileiro de R$ 2.548, de acordo com pesquisa

A soma da alimentação dentro e fora de casa consome 60,6% do salário do trabalhador, segundo apurou a pesquisa +Valor com a Ticket refeição e alimentação.

De acordo com o levantamento, o preço médio da refeição fora de casa é de R$ 40,64. Ao desembolsar este valor durante 22 dias úteis ao mês, o trabalhador gasta um total de R$ 894,08.

O levantamento, divulgado pelo Estadão, foi feito com base na renda média do trabalhador que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de R$ 2.548. Portanto, consumir uma refeição completa – com comida, bebida, sobremesa e cafezinho – compromete mais de um terço (35%) do salário do trabalhador. A pesquisa considera os trabalhadores que não recebem benefícios de alimentação.

A Ticket também analisou o valor médio da cesta básica medida pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) que em junho foi de R$ 652,35.

Sendo assim, a soma dos gastos com a cesta básica mais a alimentação fora para quem trabalha é de R$ 1.546,43, o que corresponde a 60,6% do valor dos rendimentos médios mensais dos brasileiros.

A situação vai se agravando com o descontrole da inflação, com o desemprego de mais de 11 milhões de pessoas, queda na renda, endividamento recorde das famílias, entre outros males da economia.

As ações do governo no enfrentamento dessas adversidades são nulas ou mesmo recrudescem os problemas. Bolsonaro em motociatas e Guedes aumentando os juros são bons exemplos do descaso.

A pesquisa faz uma fotografia da situação de trabalhadores que têm salários e que podem ter a alimentação fora de casa como uma regra ou ainda como opção. Não pretendeu estudar outras realidades, inclusive a dramática condição de 33 milhões de famintos no país. No entanto, mostra que os trabalhadores na ativa e em condições menos desfavoráveis estão com os orçamentos cada vez mais estrangulados.

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