Diante da agenda ultraliberal do governo Bolsonaro e da situação econômica do Brasil, o país bate mais um infeliz recorde. O número de inadimplentes em maio foi de 66,6 milhões, o maior número de devedores desde o começo da série histórica, em 2016.
Segundo o Indicador de Inadimplência da Serasa Experian, a quantidade de pessoas com as contas atrasadas nunca foi tão alta. Em abril, o total de endividados era de 66,1 milhões. No mesmo período, a soma das dívidas saltou de R$ 271,6 bilhões para R$ 278,3 bilhões, com uma média de R$ 4.179,50 por débito.
Em relação ao ano passado, houve aumento de 4 milhões de negativados, segundo a pesquisa. Além da crise provocada pelo ultraliberalismo bolsonarista, a justificativa está no descontrole da inflação, cuja taxa está acima de dois dígitos há 10 meses, e no aumento da Selic, que saiu de 2% em março de 2021 e chegou ao patamar de 13,25% em junho deste ano.
Com a perda do poder de compra e a diminuição na renda, as famílias apresentam mais dificuldades para fechar o mês com saldo positivo. O Serasa aponta ainda que o maior volume de dívidas se concentra no segmento de bancos e cartões, com 28,2% do total, seguido pelas contas básicas, como água, luz e gás, com 22,7%, e pelos setores de varejo e financeiras, com 12,5% cada.
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