Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Conclat: pauta aprovada, com unidade e agenda política

Presidentes das centrais sindicais reunidos na Conclat 2022 | Foto: Roberto Parizotti (Sapão)
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Por aclamação, representantes das principais centrais sindicais brasileiras aprovaram, quinta-feira (7), na Conclat (Conferência Nacional da Classe Trabalhadora), em São Paulo, pauta unificada com 63 propostas para ser levada aos candidatos nas eleições gerais deste ano.

Entre as propostas estão medidas emergenciais para garantir empregos, direitos, democracia e a vida; medidas estruturais para garantir direitos trabalhistas, previdenciários e sindicais; e estratégias de desenvolvimento com redução das desigualdades.

A Conclat, realizada em São Paulo de forma híbrida — presencial e virtual —, foi convocada por 10 entidades: CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular Conlutas), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), CST (Central Sindical de Trabalhadores), CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, Intersindical Central, Intersindical Instrumento de Luta, Pública Central do Servidor e UGT (União Geral dos Trabalhadores).

Síntese da conferência
“Correu tudo bem na terceira Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, em SP”, segundo João Franzin, da Agência Sindical, relatou. Ainda segundo Franzin, a Conclat pode ser assim sintetizada:

1) aprovou a pauta unitária, com propostas desenvolvimentistas, em defesa dos direitos e valorização do trabalho;

2) reafirmou a unidade do movimento, em torno daquilo que é trabalhista, sindical e da própria democracia;

3) criaram-se as condições, com essa pauta, de: 3.1) levar seu conteúdo para a base trabalhadora e social; e 3.2) difundir seu conteúdo e pleitos no Congresso Nacional e dialogar, a partir dessa pauta, com os candidatos, do mais amplo espectro, aos cargos em disputa neste ano; e

4) o tema combate ao custo de vida, com ações concretas, foi recepcionado na pauta e vai ensejar movimentos a partir dos sindicatos ou com os sindicatos. Leia como foram as falas dos representantes das centrais:

CSB
A forma como a economia é conduzida pelo atual governo foi motivo de críticas dos dirigentes sindicais. Antônio Neto, presidente CSB afirmou que é preciso acabar com esse modelo econômico que desmantelou a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e com a possibilidade de os sindicatos representarem os trabalhadores em acordos coletivos.

CTB
Preocupado com o destino do País, o presidente da CTB, Adilson Araújo chamou a atenção construção de novos caminhos. Segundo ele, estamos diante de encruzilhada histórica, pois a continuidade Bolsonaro no poder é ameaça ao País e aos brasileiros.

“O ano de 2022 é para definir os caminhos do País. Se vamos continuar reféns da barbárie neofascista ou vamos construir uma nova Nação, com geração de emprego e renda. A Conclat é o caminho de um projeto nacional de um novo Brasil”, afirmou.

CST
Para o representante da central, o secretário-nacional Eduardo Maia, a Conclat “significa esperança na renovação dos quadros políticos, no desenvolvimento econômico e social, numa sociedade mais solidária. Mas acima de tudo, esperança no cumprimento da Constituição Federal (CF), que o artigo 1º da CF se faça vivo no nosso meio, que o Brasil seja de fato um Estado democrático de direito, fundado na soberania, na cidadania, na dignidade da pessoa humana, nos valores do trabalho e da iniciativa privada, no ambiente de pluralidade política que querem nos tirar.”

E acrescentou: “Nós vamos mover o Brasil. E começamos movendo a nós mesmos, a Conclat é só o primeiro passo”.

CUT
“Vamos precisar recuperar os direitos que foram perdidos pelo golpe de 2016 e a Reforma Trabalhista de Michel Temer, perdas que só pioraram sob o governo Bolsonaro. Isso vai exigir ainda mais unidade do movimento sindical, e a Conclat 2022 sinaliza isso: que o caminho para a classe trabalhadora é a solidariedade, a luta e a união”, destacou o presidente da CUT, Sérgio Nobre.

Força Sindical
“O movimento sindical tem de se fazer representar nas assembleias, Câmara e Senado der quisermos acabar com esses desmandos contra a classe trabalhadora”, afirmou o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

Ele também defendeu a unidade sindical como forma de recuperar direitos trabalhistas, retomar o crescimento e desenvolvimento do País, a reindustrialização. “Parabenizo cada sindicato e dirigente que não se renderam às ameaças do governo Bolsonaro”, declarou.

Central do Servidor
Para o presidente da Pública Central do Servidor, José Gozze é necessário construir Estado soberano e desenvolvido com a redução das desigualdades sociais que ameaçam a civilidade. Para ele, o Orçamento da União tem de promover a educação, Previdência, saúde, alimentação, moradia e segurança.

“Hoje o governo só paga dívida bancária se esquecendo da sua dívida principal que é com o cidadão. Queremos um serviço público de qualidade para toda população e o Estado tem de respeitar os servidores com reposição salarial e garantir o direito à negociação coletiva, só assim teremos dignidade no serviço público e um bom atendimento à população”, afirmou Gozze.

UGT
Para Ricardo Patah, presidente da UGT é preciso debater as mudanças importantes do mundo do trabalho, porque a Reforma Trabalhista foi ação criminosa. “É preciso fazer grandes mudanças no Parlamento e lutar pelo ‘Fora Bolsonaro’”.

www.diap.org.br

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