Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, apontam que a taxa de desemprego no quarto trimestre de 2021 caiu para 11,1%. Recuo de 1,5 ponto percentual ante ao trimestre anterior (12,6%). A taxa média anual foi de 13,2%.
Apesar da melhora no cenário do desemprego, o patamar pré-pandemia ainda não foi recuperado. EM 2019, a taxa anual de desocupação havia ficado em 12%.
Essa taxa média registrada em 2021 é a segunda maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Quem afirma é a própria coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.
“Muitas pessoas, ao longo dos dois anos, perderam suas ocupação e várias interromperam a busca por trabalho no início de 2020 por causa da pandemia. Depois, houve retomada. Em 2021, com o avanço da vacinação, houve crescimento do número de trabalhadores, mas ainda persiste elevado contingente de pessoas em busca de ocupação”, explica Adriana.
O montante de desempregados no País, segundo a Pnad Contínua, é de 13,9 milhões de pessoas. Por outro lado, a força de trabalho, que é a soma de ocupados e desocupados, aumentou 4,3% no mesmo período.
Informalidade – Mesmo com a queda do desemprego no Brasil, o cenário ainda preocupa. Isso porque a taxa de informalidade aumento. Em 2021, os informais somavam 36,6 milhões, um aumento de 9,9% frente 2020. Com isso, a taxa de informalidade passou de 38,3% para 40,1% em um ano.
Renda – Outro fator preocupante é a queda da renda no Brasil. O salário médio recebido pelos trabalhadores teve queda de 7% em 2021, se comparado com 2020. A média salarial no final do ano foi de R$ 2.587,00. “Embora a população ocupada tenha crescido, o aumento não foi acompanhado pelo rendimento. Ou seja, as pessoas que estão no mercado de trabalho têm remunerações menores”, aponta Adriana Beringuy.
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