Em 24 horas o Brasil registrou 662 mortes e 228.972 novos casos conhecidos de Covid-19, dois tristes recordes. Com maioria não vacinada, crianças infectadas lotam UTIs
No dia em que o Brasil registrou a maior média móvel de mortes em consequência de complicações causadas pela Covid-19, desde 11 de outubro do ano passado, pesquisa revela que a variante ômicron, altamente transmissível, provocou um aumento inédito das internações nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) pediátricas no país. As crianças só começarem a ser imunizadas contra Covid-19 este mês.
Nesta quinta-feira (27), o Brasil registrou 662 mortes pela Covid-19 em 24 horas, totalizando 625.169 óbitos desde o início da pandemia, em março de 2020. A média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 417 – em outubro do ano passado era de 440. A variação em relação a média de 14 dias atrás foi de +201%, segundo dados do consórcio de imprensa.
No mesmo dia, o Jornal Nacional, da TV Globo, divulgou uma pesquisa inédita sobre internações de crianças e adolescentes em UTIs pediátricas.
De acordo com a reportagem, em um hospital particular que atende crianças e adolescentes na capital paulista, 11 leitos estão ocupados de um total de 14 reservados para Covid; isso equivale a 78% de ocupação. Do início deste mês até agora, houve um salto nas internações pela doença. Em 2 de janeiro, por exemplo, a UTI infantil do hospital estava sem pacientes de Covid.
Na rede municipal de São Paulo, o número de internados em UTIs pediátricas – a maioria com até 9 anos – aumentou 1.000% do fim de dezembro até agora.
A reportagem segue dizendo que outras capitais também enfrentam o aumento na ocupação de UTIs pediátricas por causa da Covid.
Em Goiânia, a ocupação passou de 55% em dezembro para 76% nesta quarta (26).
Em Fortaleza, a taxa foi de 45% para 64%.
Em Salvador, a ocupação já era alta em dezembro, 90%, e, nesta quarta, chegou a 100%.
Casos de Covid em alta
Nesta quinta, o país registrou 228.972 novos casos conhecidos de Covid-19 em 24 horas, chegando ao total de 24.782.922 diagnósticos confirmados desde o início da pandemia.
A média móvel de casos nos últimos 7 dias foi de 170.572 – a maior marca registrada até agora. Foi o décimo recorde seguido de novas contaminações confirmadas. Se comparada à média de 14 dias atrás, a variação foi de +150%.
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