“Ir à base, revitalizar o Sinposba,” disse o novo presidente Antonio José dos Santos
A Diretoria, Conselho Fiscal e representantes junto à Federação do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia – Sinposba, gestão 2021/2025, tomaram posse em um ato político, na manhã desta quarta-feira, 15 de dezembro de 2021, no Centro Desportivo do Sindhotéis, em Stela Maris, Salvador, com a presença de Rosa de Souza, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB Bahia, Regino Marques, coordenador do Coletivo Sindical dos Trabalhadores Classistas – CSTC, representando a Central Única dos Trabalhadores – CUT Bahia e Agnaldo Matos, representando o vereador Augusto Vasconcelos PCdoB, presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia.
O Ato político foi a abertura do evento de planejamento da nova gestão, que contou com a execução do Hino ao 2 de Julho e saudações dos convidados e do presidente eleito Antonio José dos Santos, em nome da Diretoria.
Rosa de Souza falou da crise política, econômica e de saúde com a pandemia que passa o Brasil, a retirada de direitos dos trabalhadores a partir do golpe de 2016, com o Governo Temer e a implantação de políticas neoliberais da reforma trabalhista e da Medida Provisória que diminuiu os investimentos em gastos públicos, saúde e educação e bem estar da população brasileira, agravando a falta de políticas de infraestrutura e provocando alarmante inflação, carestia e desemprego causando a falta de condições de sobrevivência.
A presidente da CTB ressaltou a necessidade de reação diante das dificuldades, da luta por qualidade de vida, da importância de uma direção classista que ajude a aumentar a consciência de classe dos trabalhadores e trabalhadoras. “Somos ousados e viemos à guerra; e cada batalha nos fortalece na unidade coletiva. Temos que participar das eleições de 2022; apostar em candidatos que defendam nossos interesses, das mulheres, do movimento social, sindical e popular, com o objetivo de retomar o poder dessa Nação respeitando nossas reivindicações.”
Regino Marques destacou a importância da unidade das centrais sindicais, homenageou o diretor falecido do Sinposba, Paulo Félix, parabenizou os eleitos e da garra necessária para enfrentar os patrões e as dificuldades para se acordar e assinar uma Convenção Coletiva. “A política é o que pauta nossas vidas; precisamos ter um governo progressista de esquerda e o Sindicato tem que ter estratégia para pensar política para a classe trabalhadora, dando sequência a luta de classe contra a burguesia. Não basta só defender bandeiras é preciso praticar boas ações para avançar na luta por direitos, daí o desafio de cada um de vocês que ora tomam posse.”
Agnaldo Matos, justificou a ausência do vereador, que encontrava-se em reuniões e votações urgentes na Câmara Municipal, saudou o presidente e todos os eleitos dessa nova gestão classista, que enfrentará as lutas e novos desafios diante de um cenário de crise no Brasil e no Mundo, com transformações das realidades política, econômica e social com hegemonia de políticas neoliberais que só visam a retirada de direitos. “O mundo vive um processo de transição por isso é preciso entender que vivemos no capitalismo e precisamos lutar para garantir nossos direitos. Aqui estão os representantes para o enfrentamento; aqui está a organização dos trabalhadores e o compromisso de um mandato sindical para a luta classista, a democracia e a unidade de ação.”
Revitalizar o Sinposba
Antonio José dos Santos, presidente do Sindicato, saudou os diretores eleitos, os colaboradores da entidade, homenageou o diretor falecido Paulo Félix e os parceiros em muitas lutas da categoria, Geovan Salvador e Haroldo Lima, assim como todos os trabalhadores e trabalhadoras em postos de combustíveis vítimas da covid. Destacou que os patrões agiram com descaso diante da pandemia e que sequer distribuíram máscaras, o que causou revolta na base.
“Esse é o tipo de empresário que enfrentamos no dia a dia, que não respeita os trabalhadores; esse é o sindicato patronal que se tornou mais violento descumprindo a CLT e nossa Convenção Coletiva de Trabalho – CCT com as reformas trabalhistas e da Previdência. Por isso é preciso muita luta e unidade com participação de todos; não é só o presidente que faz uma gestão, todos nós temos responsabilidades de voltar às bases, visitar os postos de trabalho.
Chega de direitos desrespeitados e fardas rasgadas, de assédio moral, chega de querer implantar autosserviços e demitir mais de 500 mil trabalhadores e trabalhadoras. Estamos prontos para a luta e para promover mais sindicalizações, fortalecendo nossa entidade. É hora de revitalizar nosso sindicato, nossa representatividade em nível nacional, resgatar nossa democracia interna com unidade e harmonia é o compromisso que ora assumimos,” concluiu o presidente.