Sábado, 4 de dezembro de 2021, entrará para a história do país como o dia no qual as mulheres tomaram as redes ruas mais uma vez para dizer Bolsonaro Nunca Mais.
Nunca mais prisões arbitrárias. Nunca mais apologia ao estupro. Nunca mais insultos à feminilidade. Nunca mais ofensas a quem pensa diferente. Nunca mais desemprego. Nunca mais mortes causadas pelo negacionismo. Nunca mais deboche do sofrimento alheio. Nunca mais desmatamento de nossas florestas. Nunca mais queimadas. Nunca mais excesso de agrotóxicos. Nunca mais falta de verbas para a agricultura familiar. Nunca mais corte de orçamento da educação, da saúde. Nunca mais desrespeito à vida humana.
Por todos esses motivos estamos nas redes e nas ruas das maiores cidades do país para mostrar a nossa indignação com a falta de rumo para o país.
As mulheres sempre estiveram na frente das principais lutas em favor da democracia, da liberdade, da educação, da saúde, da cultura, pelos direitos humanos, por justiça para todas as pessoas, por respeito a todas as pessoas, sem nenhum tipo de discriminação.
Tomamos as ruas pelo direito ao voto e de sermos votadas. Tomamos as ruas por redução da jornada abusiva de trabalho, tomamos as ruas por direito ao descanso remunerado, às férias remuneradas. Tomamos as ruas pelo trabalho decente. Tomamos as ruas contra a exploração do trabalho infantil, contra a exploração e o abuso sexual. Tomamos as ruas pela democracia. Tomamos as ruas por escola de qualidade para todas as crianças e jovens por valorização dos profissionais da educação.
Continuaremos nas redes e nas ruas para tirar o Brasil do péssimo ranking do quinto países mais violento contra as mulheres e o primeiro mais violento contra a população LGBTQIAP+. Continuaremos nas ruas contra o genocídio da juventude preta, pobre e periférica. Continuaremos nas ruas e nas redes para denunciar a dupla e até tripla exploração sofrida pelas meninas e mulheres. Continuaremos nas ruas por um futuro com vida digna para todas as pessoas. Continuaremos nas ruas até que nenhuma menina ou mulher sofra violência doméstica, assédio, estupro. Continuaremos nas redes e nas ruas por equidade de gênero e por igualdade de condições no mundo do trabalho. Continuaremos nas ruas até que todas as mulheres possam viver livres e sem medo.
Por isso tudo, este sábado (4) foi um marco para a luta pela emancipação feminina. Vamos derrotar esse presidente misógino, racista, LGBTfóbico. Vamos mostrar a toda a sociedade que nós podemos muito, nós podemos mais. Unidas para sepultar o fascismo e vivermos a liberdade.
Neste sábado (4), as ruas ficaram pequenas para a grandeza de nossos corações e mentes. O futuro nos espera. Nossas filhas e filhos agradecem. Mais educação, mais saúde; 2022 vai ser diferente!
www.ctb.org.br / professora Francisca/ secretária de Assuntos Educacionais e Culturais do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), secretária de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE) e dirigente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.