Os frentistas podem considerar que venceram hoje mais uma batalha, na Câmara dos Deputados, em defesa dos empregos da categoria.
O Partido Novo recuou, evitando que fosse votado, na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, o parecer do Augusto Coutinho (SD-PE) sobre PL 2.302/19, do deputado Vinícius Poit (Novo-SP). Coutinho é contrário ao Projeto.
O PL quer anular a Lei 9.956/2000 e permitir bombas de autosserviço pelo próprio consumidor nos 45 mil postos pelo País. Qual o problema? O principal é que a mudança provocaria demissão de 500 mil frentistas.
Alerta – Nossas lideranças estão mobilizadas. Hoje, marcaram presença em Brasília Eusébio Pinto Neto, presidente da Federação Nacional, Fenepospetro, e Luiz Arraes, da Federação por SP, a Fepospetro, mais o presidente do Sinpospetro Goiânia, Hélio Araújo Pereira e o assessor Helder.
Eusébio avalia a situação: “Digo que o recuo do Novo não vai nos desmobilizar. Brasília está imprevisível e a matéria que foi retirada hoje pode voltar à pauta amanhã cedo”.
O assessor parlamentar André dos Santos (ligado ao Diap) acompanha de perto esse Projeto e outros, de interesse dos trabalhadores. Ele elogia o relator: “Coutinho não só apresentou o relatório como fez a defesa de sua posição”. Para André, o ideal seria o arquivamento do Projeto de Lei.
Kataguiri – Quem acendeu o estopim do desemprego em massa foi o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), por meio de Emenda a Medida Provisória. Ele quer anular a Lei de 2000, sancionada pelo presidente FHC após intensa mobilização da categoria e forte articulação política dos dirigentes no Congresso Nacional.
Base – Além da ação direta e permanente em Brasília, os dirigentes frentistas dialogam com parlamentares em suas bases e regiões. A Comissão de Desenvolvimento Econômico tem 11 titulares e seus suplentes. Luiz Arraes comenta: “Pra levar adiante essas lutas, os Sindicatos precisam ter apoio político da categoria e suporte econômico”.
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