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/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Brasil passa de 100 milhões de vacinados, mas ainda não atinge 80% da população

FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL
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Segundo especialistas, para atingir a imunidade de rebanho, a vacinação em massa, é preciso atingir entre 70% e 80% da população com o esquema vacinal completo

O Brasil ultrapassou a barreira de 100 milhões de pessoas completamente vacinadas contra a Covid-19, com as duas doses da AstraZeneca, CoronaVac ou Pfizzer ou a dose única da Jansen.

Nesta terça-feira (12), cerca de 100.322.894 pessoas tomaram a segunda dose do imunizante ou a dose única, o equivalente a 47% da população brasileira, e mais de 70% tomaram ao menos uma dose da vacina contra a Covid-19.

Mesmo que os números sejam otimistas, ainda falta muito para atingir a chamada imunidade de rebanho. Segundo especialistas, a imunidade de rebanho deve ser considerada quando a vacinação em massa chega a percentuais entre 70% e 80% da população com o esquema vacinal completo. Mesmo que esteja um pouco longe, existem alguns outros problemas relacionados à imunidade de rebanho, como as variantes e, por mais que as vacinas disponíveis mostrem efetividade contra elas, nenhum imunizante é completamente eficaz.

No total, 253.559.287 doses já foram aplicadas no país. Dessas, 3.326.505 correspondem à 3ª dose, que já está sendo aplicada em idosos em todos os estados.

São Paulo é o estado com o ritmo mais avançado de vacinação. Mais de 82,1% da população foi vacinada com a 1ª dose ou dose única.

Pará e Roraima têm os ritmos mais lentos: 52,7% dos habitantes receberam o imunizante.

São Paulo também é o estado com a maior proporção da população totalmente vacinada (61,1%).

O Amapá tem o menor percentual de totalmente vacinados (25,5%).

Mortes de idosos

O avanço da vacinação fez o total de mortes de despencar entre pessoas adultas e jovens nos últimos meses, no entanto, o percentual de mortes de idosos a partir de 70 anos voltou a ser maioria dos óbitos pela doença.

Em setembro, segundo dados UOL, 56,9% das mortes causadas pela Covid-19 foram de pessoas com 70 anos ou mais, média similar àquela antes da imunização.

O aumento no percentual de morte de idosos já era esperado por especialistas como um efeito prático da vacinação avançando em faixas etárias menores, que agora vem reduzindo o número de mortes em todas as idades.

Um dos pontos que explica esse percentual em alta é que, se eles foram os primeiros a serem vacinados, também são os que vão perder a “força” dos anticorpos primeiro, o que justifica a adoção da dose de reforço.

Em junho, quando apenas eles estavam com ciclo vacinal completo no país, idosos com mais de 70 ou mais representaram apenas 29% do total de óbitos.

Para a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabella Ballalai, quanto mais os jovens se vacinarem, mais idosos devem ser salvos da Covid-19.

“A vacinação dos jovens ajuda a diminuir a circulação do vírus. Nenhuma vacina é 100%, por isso a gente fala de proteção coletiva. Com a maioria vacinada, as pessoas imunizadas vão proteger aquelas que não ficaram protegidas”, disse ao UOL.

Para ela, parte das mortes dos idosos pode ser explicada porque há um número de pessoas que não tomaram ou deixaram de receber a segunda dose da vacina.

Dados da pandemia

O Brasil registrou mais 185 mortes e 7.359 novos casos de Covid-19 em 24 horas, segundo dados publicados nesta terça-feira (12) pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

É o segundo menor número diário de óbitos em 2021, atrás das 182 mortes pela doença registradas em 24 horas divulgadas último domingo (10), e em 6 de setembro.

Já a média móvel de óbitos ficou em 367, apresentando redução em comparação com a última terça-feira (5), que registrou 483 vítimas na média de 7 dias. Ao todo, o país acumula 601.398 mortes pela doença e 21.590.097 pessoas infectadas.

Menor número de internados

O estado de São Paulo registrou, no fim de semana, 4,23 mil pessoas internadas por Covid-19, segundo boletim diário divulgado pelo governo.

De acordo com o balanço, o número é o menor desde 5 de abril de 2020, ou seja, o menor dos últimos 18 meses. O indicador também ficou sete vezes menor que o reportado no pico da segunda onda da pandemia, que ultrapassou 31 mil pacientes com a doença.

Do total de hospitalizados, 2.045 estavam ontem em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 2.185 em enfermaria. A taxa de ocupação de leitos de UTI era de 38,7% na região da Grande São Paulo e 31,2% no estado.

www.cut.org.br

 

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