Quarta, 29 de setembro, ocorreu em Brasília reunião entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e dirigentes dos frentistas. Trataram de emenda do deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) à MP 1.063/21, pela qual o parlamentar visa possibilitar o selfie-service em postos de combustíveis. Há risco de desemprego em massa: cerca de 500 mil trabalhadores.
Eusébio Pinto Neto, presidente da Federação Nacional dos Frentistas (Fenepospetro), conta: “Lira assegurou que a Casa vai se ater a temas relacionados ao conteúdo original da MP, que trata de normatizar a comercialização de combustíveis”. Mais: “O presidente está a par da emenda e mostrou também conhecer o histórico da Lei 9.956/2000, que proíbe o autosserviço no País”.
Avanço – O dirigente frentista avalia como “muito produtiva” a reunião. E acrescenta: “A postura do presidente da Câmara acende nossa esperança de manter os empregos e evitar mais uma tragédia social no País, onde o desemprego já é alarmante”.
Presentes – Também participaram Luiz Arraes, presidente da Federação Estadual dos Frentistas (Fepospetro-SP); Francisco Soares de Souza, liderança histórica, pelo Sindicato de Campinas; e os deputados federais Roberto Lucena (Podemos-SP) e Luiz Carlos Motta (PL-SP).
Frentistas procuram presidentes do Congresso para combater autosserviços em postos
Sindicatos de frentistas que têm se articulado para impedir a tentativa de colocar bombas de autoatendimento nos postos de combustíveis procuraram o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para tratar do assunto.
A proposta de automatizar a operação foi apresentada novamente pelo deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), agora em uma emenda à Medida Provisória que antecipa as mudanças no comércio varejista de combustíveis. Desta vez, Kataguiri sugere uma transição de cinco anos para que os postos ofereçam total ou parcialmente o serviço de autoatendimento.
“Nós não queremos transição. Defendemos a existência da lei que proíbe essa prática, porque os postos não são restaurantes ou lanchonetes. É um ambiente que requer treinamento”, afirma Eusébio Neto, presidente da Fenepospetro (Federação Nacional dos Empregados em Postos de Combustíveis e Derivados de Petróleo).
Ele diz que os sindicalistas estão confiantes na compreensão de Lira e acreditam que a proposta não será levada adiante na Câmara.
“Sabemos que a política é muito dinâmica, então não vamos baixar a guarda”, afirma Neto.
Pelos cálculos da categoria, a implementação do autoatendimento ameaçaria o emprego de 500 mil trabalhadores, piorando o desemprego no país. Segundo Neto, a ideia agora é tentar um encontro com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
www.agenciasindical.com.br /com Mariana Grazini e Andressa Motter
