A pandemia de Covid-19 agravou um problema existente em diversos países: a fome. Conforme a crise sanitária quebrava economias, mercado de trabalho, cadeias de abastecimento e encarecia o preço da comida, cerca de 768 milhões de pessoas no mundo estiveram subnutridas em 2020. Os dados são da ONU (Organização das Nações Unidas).
No ano passado, houve um aumento abrupto na subnutrição, com 118 milhões de pessoas a mais do que em 2019, quando 8,4% da população do mundo estava subnutrida.
Com a crise, mais pessoas no mundo também estão em insegurança alimentar moderada ou severa. Mais de 30% da população mundial estavam nessa situação em 2020, acima dos 26,6% em 2019.
No Brasil, com a política ultraliberal de Bolsonaro, para o pobre é o mínimo do mínimo ou nada. De 2018 a 2020, a insegurança alimentar grave atingiu 7,5 milhões de brasileiros. O número representa quase o dobro dos 3,9 milhões registrados entre 2014 e 2016.
Somadas as pessoas que passam fome às que padecem com a insegurança alimentar moderada – ou seja, têm alimentação precária ou estão sob risco de não ter o que comer todos os dias – são 49,6 milhões de subnutridos. Em 2014 eram 37,5 milhões. Números do retrocesso.
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