Até agora, o país imunizou 26,27 milhões de pessoas, cerca de 12,41% da população com as duas doses ou dose única e 73,5 milhões (35%) com a primeira dose
Com a lentidão da vacinação contra Covid-19, o Brasil ultrapassa 524 mil vidas perdias pela Covid-19. Em apenas 24 horas, 830 mortes causadas pela doença, conforme dados do Ministério da Saúde, divulgados neste domingo (4), que mostraram ainda mais 27.783 infecções pelo coronavírus, chegando ao total de 18.769.808.
Até o final de junho, o país imunizou 26,27 milhões de pessoas, cerca de 12,41% da população com as duas doses ou dose única e 73,5 milhões (35%) com a primeira dose. Os números mostram um pequeno avanço na vacinação, mas ainda é pouco para controlar a pandemia, segundo os especialistas.
Mesmo com os números baixos, depois de cinco meses e meio do início, a vacinação começa a apontar indícios de que está fazendo efeito na melhoria dos indicadores no Brasil, apesar de os índices gerais da pandemia seguirem em patamares altos. Há queda na média geral de mortes por Covid-19, desaceleração nas internações e diminuição de óbitos entre os idosos.
Especialistas alertam, no entanto, que a pandemia está longe de acabar. Ao comparar os óbitos da pandemia no ano passado, antes do início da imunização, em 17 de janeiro, com as mortes deste ano, vê-se uma redução progressiva da participação dos grupos protegidos no percentual de mortes.
Em junho de 2020, idosos com 60 anos ou mais somavam 77% dos óbitos por Covid-19 cadastrados no Registro Civil. A faixa etária mais atingida era dos 70 a 79 anos, com uma a cada quatro mortes (25,5%).
No entanto, junho deste ano, o número de mortes nessa faixa etária diminuiu.. As faixas de 60 anos ou mais tornaram-se minoria (45,7%). O intervalo de idade com mais registros mudou para 50 a 59 anos, que ainda estava em processo de vacinação, com 27% dos óbitos. A taxa de morte caiu de 25,5% para 13,6% entre pessoas com 70 a 79 anos, praticamente todas imunizadas.
O Brasil segue como o terceiro país com mais casos de Covid-19 no mundo, atrás dos EUA (33,7 milhões) e da Índia (30,5 milhões). Em todo o planeta, são cerca de 183,7 milhões de registros da doença, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins, ainda é pouco para controlar a pandemia https://coronavirus.jhu.edu/map.html
No número de mortes, o Brasil ocupa a nada honrosa vice-liderança global, apenas atrás dos EUA, onde mais de 605,5 mil vidas já foram perdidas para o coronavírus.
Cidades ricas vacinam mais rápido
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, as cidades mais ricas e desenvolvidas do país têm avançado mais rápido na imunização contra a Covid-19.
São os municípios com melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que conseguiram imunizar mais fatias da sua população do que aqueles com índice mais baixo.
De acordo com a Folha, que analisou microdados do Ministério da Saúde, dos 326 municípios com mais de 100 mil habitantes do país até o último dia 21, entre as 130 cidades que estavam acima dessa marca, 102 têm IDH superior à média dos grandes municípios. Quase todas ficam em estados do Sul e do Sudeste —apenas 12 se localizam em outras regiões, sendo que nove delas são capitais.
Estados
São Paulo segue como o Estado da federação com mais casos (3.785.859), seguido por Minas Gerais (1.827.108), Paraná (1.302.708), Rio Grande do Sul (1.230.739) e Bahia (1.137.167).
O Estado paulista também lidera quando o ranking é por óbitos desde o início da pandemia (129.609), mas na sequência vem o Rio de Janeiro (56.031), cuja contagem supera a de Minas Gerais (47.079) apesar de os fluminenses contabilizarem menos registros de infecção.
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