Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, setembro 20, 2024
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1º de Maio Unitário – Uma data para celebrar as lutas e refletir sobre os desafios. Assista a Live, a partir das 14h, na TVE Bahia

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1º de Maio unitário –  para celebrar as lutas e refletir sobre os desafios da classe trabalhadora. Ato começa às 14h e terá a presença de Chico Buarque, Elza Soares, Lula, Dilma, FHC, Boulos, Ciro Gomes, Flavio Dino e presidentes das centrais sindicais. Live será transmitida pela TVT, Youtube e redes sociais das centrais e na Bahia pela TVE.

Por Adilson Araújo, presidente da CTB

Ouça o áudio:

O 1º de Maio é um dia para celebrar as lutas e as conquistas da classe trabalhadora no Brasil e em todo o mundo. A data ficou consagrada como o Dia da Classe Trabalhadora em homenagem aos mártires de Chicago, cuja heroica greve em 1886 resultou na redução e limitação da jornada de trabalho a 8 horas diárias, direito que está sendo colocado em causa hoje em dia pela crescente desregulamentação e precarização dos contratos e das relações sociais de produção.

Ao longo da história as lutas de classes dos trabalhadores e trabalhadoras consolidaram o que atualmente designamos de Direito do Trabalho, que confere maior civilidade às relações sociais entre as diferentes classes e atores no processo cotidiano de produção e reprodução da sociedade humana, conforme notaram inúmeros juristas e estudiosos do tema.

Capitalismo a caminho da barbárie

Mas em contradição com o sentido em geral progressista da história das civilizações, vivemos um momento de adversidades para a classe trabalhadora, marcado por uma impiedosa ofensiva contra o Direito do Trabalho, desemprego em massa, avanço da informalidade e destruição das garantias e da seguridade social. O capitalismo está conduzindo a humanidade ao caminho da barbárie.

AGENDA BAHIA DO 1º DE MAIO UNIFICADO DAS CENTRAIS SINDICAIS. VEJA LIVE, A PARTIR DAS 14H, PELA TVE BAHIA E YOUTUBE

A pandemia, que já ceifou mais de 400 mil vidas em nosso país, também faz o grosso de suas vítimas no seio da nossa classe e principalmente nas camadas mais pobres e vulneráveis, que não têm como recorrer ao teletrabalho ou home office.

Sofremos duplamente as consequências letais da política genocida e antissocial do governo Bolsonaro. Especialistas estimam que a conduta negacionista em relação à crise sanitária é responsável por pelo menos dois terços dos óbitos registrados em função da doença, que o presidente a princípio encarou como uma mera “gripezinha”.

A vida de centenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras seria poupada se o Brasil tivesse seguido os protocolos da OMS, que o presidente boicotou. Bolsonaro recusou uma oferta de 70 milhões de vacinas da Pfizer que seriam entregues em dezembro do ano passado, estimulou concentrações, comprou guerra contra o isolamento social, menosprezou os impactos da covid e fez campanha até contra o uso de máscaras. A tragédia seria ainda pior não fosse a existência do SUS e a sensatez de governadores e prefeitos que não rezam pela cartilha obscurantista do Planalto.

Simultaneamente, nos deparamos diariamente com reiterados ataques aos direitos trabalhistas e à organização sindical, reformas regressivas, como a da Previdência, o fim da política de valorização do Salário Mínimo, a privataria entreguista em relação às empresas públicas, sendo tudo isto coroado por recorrentes e grosseiras ameaças à democracia.

É falso o dilema entre direitos e empregos

Embora seja confessadamente um ignorante em Economia (assim como em Medicina e outras disciplinas sobre as quais não poupa palpites infelizes), Bolsonaro teima como mula em propagar o falso dilema segundo o qual o trabalhador brasileiro deve escolher entre ter direitos ou emprego. O slogan mentiroso virou uma senha para a empreitada de desmanche da legislação trabalhista e negação da CLT e da Constituição.

O argumento de que retirando direitos obtém-se, como contrapartida, um aumento da oferta de postos de trabalho não tem correspondência com a realidade em nenhum lugar do mundo. Em contraste com a propaganda neoliberal, estudo realizado pela OIT – Organização Internacional do Trabalho, após a crise internacional de 2008, constatou que 670 alterações no sistema coletivo de negociação e na legislação trabalhista de 110 países não tiveram nenhum impacto positivo na geração de emprego.

Não precisamos ir muito longe. Aqui no Brasil, a reforma trabalhista – que introduziu o trabalho intermitente, uma infame modalidade de contratação – foi imposta pelo governo golpista de Michel Temer sob o manto da promessa de que iria gerar por baixo 6 milhões de novas vagas no mercado de trabalho.

Precarização e desemprego

Como as sabe, ocorreu o contrário. A precarização que ela estimulou avançou de mãos dadas com o crescimento do desemprego. Tivemos no Brasil, de outro lado, as experiências dos governos Lula e Dilma, onde o crescimento da formalização dos contratos, a política de valorização do Salário Mínimo e a introdução de novos direitos (como a extensão da CLT ao trabalho doméstico) contribuíram para derrubar a taxa de desemprego a cerca de 4%, enquanto agora ela deve fechar o ano em escandalosos 14,5%, ficando entre as mais altas do mundo.

O argumento brandido pelo presidente ignorante é falso como nota de três reais, mas muito conveniente aos interesses dos capitalistas, que só estão interessados em maximizar os lucros e sempre foram hostis à legislação social e às conquistas trabalhistas, arrancadas invariavelmente a fórceps na vida real através da luta sindical.

Nenhum direito trabalhista foi fruto da filantropia ou boa vontade da burguesia.

A reflexão sobre as lutas e os desafios da nossa classe trabalhadora neste 1º de Maio sugere a conclusão de que, apesar das restrições à mobilização popular impostas pela pandemia, é imperioso intensificar a luta para barrar o retrocesso civilizatório em curso no Brasil e defender a vida; vacina Já para todos; fortalecimento do SUS; auxílio emergencial de R$ 600,00; emprego; a renda; os direitos sociais; os serviços públicos; a soberania nacional; a democracia e melhores dias para o povo brasileiro.

O primeiro passo para o sucesso desta batalha é concretizar a palavra-de-ordem que vai ecoar com muita força neste 1º de Maio: Fora Bolsonaro!

1º de Maio unitário começa às 14h e terá a presença de Chico Buarque, Elza Soares, Lula, Dilma, FHC, Boulos, Ciro Gomes, Flavio Dino e presidentes das centrais sindicais

É neste sábado o 1º de Maio Pela Vida, Democracia, Emprego, Vacina para todos e pelo Auxílio Emergencial de R$ 600,00, enquanto durar a pandemia. De forma unitária, CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical, Pública e CGTB realizam ato do Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora, em formato de live a partir das 14h, com transmissão da Rede TVT, redes sociais e canais no Youtube das centrais e entidades.

Este é o terceiro 1º de Maio unitário realizado pelas centrais sindicais – o primeiro, presencial, foi em 2019 – e o segundo consecutivo em formato virtual, em respeito ao isolamento necessário ao controle da propagação do Coronavírus. Não é momento de aglomerações, mas sim de preservar vidas.

O Brasil já ultrapassa as 400 mil mortes por Covid-19, mas vacinou menos de 31 milhões de brasileiros e brasileiras até agora, número inferior a 15% da população. A live do 1º de Maio Unitário das Centrais deste ano terá formato diferente do de 2020 (que já foi inédito à época) e duração menor.

No ano passado, foram quase seis horas de ato virtual. Neste, a previsão é de três horas de duração. Total de 18 lideranças sindicais – os nove presidentes mais nove mulheres dirigentes – falarão pelas centrais ao longo da live, além do presidente da Contag, Aristides dos Santos.

Os ex-presidentes da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) participarão da live. Também estarão no ato, Guilherme Boulos (PSOL), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), Ciro Gomes (PDT), Manuela D’Ávilla (PC do B), Iago Campos, presidente da UNE; João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST e representante da Frente Brasil Popular.

Líderes e presidentes de partidos que apoiam a luta das centrais sindicais pela vacina e auxílio emergencial de R$ 600,00 também falarão: a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT), os deputados federais Alessandro Molon PSB e Luiz Carlos Motta (PL), deputado federal Baleia Rossi (presidente nacional do MDB), deputado federal Paulinho da Força (presidente nacional do Solidariedade), Juliano Medeiros (presidente Nacional do PSOL), Carlos Lupi (presidente nacional do PDT) e Luciana Santos (presidenta Nacional PCdoB).

Os dirigentes: os presidentes das centrais Sérgio Nobre (CUT), Miguel Torres (Força), Ricardo Patah (UGT), Adilson Araújo (CTB), José Reginaldo Inácio (NCST), Antônio Neto (CSB); Edson Carneiro Índio (Intersindical), Ubiraci Dantas de Oliveira (CGTB) e José Gozze (Pública). As dirigentes: Carmem Foro, secretária-geral nacional da CUT; Maria Auxiliadora, secretária nacional de Política para mulheres da Força Sindical; Santa Regina, secretária da mulher da UGT; Ivânia Pereira, vice-presidenta nacional da CTB; Sônia Maria Zerino, diretora de Assuntos da Mulher da NCST; Antonieta “Tieta”, secretária nacional da Mulher da CSB; Vivian Queiroz, secretária da mulher da CGTB; Nilza Pereira, secretária de Finanças da Intersindical; Silvia Helena de Alencar, secretáriageral da Pública.

Dezenove entidades sindicais internacionais globais, regionais e de países, como FSM, CSI, e nacionais, como a CNBB, enviaram cartas e mensagens saudando o 1º de Maio Unitário das centrais brasileiras. A live do 1º de Maio Unitário exibirá vídeo que traz a compilação de imagens mostrando que as centrais buscaram diálogo com o objetivo de preservar a vida e, por isso, se reuniram com parlamentares de diversos partidos, presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado e também com governadores para dialogar e propor caminhos para o enfrentamento da pandemia, da crise sanitária e econômica.

Artistas engajados

Os presidentes das centrais discursarão na live a partir de um estúdio. O programa será ancorado pela cantora, compositora e apresentadora Ellen Oleria, que comanda o Estação Plural, na TV Brasil. Também no estúdio, a atriz, cantora e multi-instrumentista paraibana Lucy Alves fará a apresentação artística que encerrará o ato do 1º de Maio Unitário das Centrais Sindicais.

Todos os protocolos sanitários serão seguidos. As falas políticas serão intercaladas por apresentações e depoimentos de artistas sobre o tema deste ano 1º de Maio – Vida, Democracia, Emprego, Vacina para Todos e Auxílio Emergencial de R$ 600,00 até o fim da pandemia. Seguem os artistas que se apresentarão no 1º de Maio Unitário das Centrais Sindicais, cantando ou com depoimentos: Chico Buarque, Elza Soares, Chico César, Teresa Cristina, Delacruz, Johnny Hooker, Marcelo Jeneci, Odair José, Aíla, Renegado, Bia Ferreira, Doralyce; Osmar Prado, Gregório Duvivier, Spartakus, Lirinha, Tereza Seiblitz, Elen Oleria, Paulo Betti.

Nacional e diverso, o ato terá do youtuber Spartacus ao professor e filósofo Silvio Almeida e a nadadora Joanna Maranhão

Ato começa às 14h e terá a presença de Chico Buarque, Elza Soares, Lula, Dilma, FHC, Boulos, Ciro Gomes, Flavio Dino e presidentes das centrais sindicais. Live será transmitida pela TVT, Youtube e redes sociais das centrais e na Bahia pela TVE.

www.ctb.org.br

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