Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, setembro 20, 2024
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1º de Maio: 135 anos um marco da luta por direitos e liberdade

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Data comemorativa dos trabalhadores serve de palco em defesa de direitos e de uma sociedade livre da exploração e da desigualdade

O 1º de maio de 2021, mais do que nunca, se transforma em um ato de resistência, principalmente para os brasileiros, que são alvo de ataques contra os direitos trabalhistas e necessitam de uma frente organizadora de trabalhadores unidos em busca de dias melhores-

No próximo sábado, comemora-se mais um 1° de maio, Dia do Trabalhador. Esta data se reveste de enorme importância e significância histórica. No segundo ano de pandemia em que estamos submetidos, mais uma vez, as grandes manifestações de 1º de Maio não serão presenciais.

Centrais sindicais de todo o país farão uma live especial com participação de artistas, intelectuais e lideranças religiosas e políticas, numa conjuntura de grande enfrentamento ao governo fascista de Bolsonaro.

O ato tem previsão de três horas de duração com falas de dirigentes sindicais das nove centrais além de políticos do cenário nacional.

O movimento do 1º de Maio é de grande relevância na construção de uma ampla frente de salvação nacional para o enfrentamento da crise sanitária, econômica, política e social que o trabalhador brasileiro tem enfrentado em meio a conjuntura de um governo fascista ao qual estamos submetidos.

Este dia é para que os trabalhadores não esqueçam da força da luta e da importância da união pelos direitos. Mesmo hoje, quando o trabalhador brasileiro está enfrentando o pior dos seus dias com perda de direitos trabalhistas, desemprego, crise econômica e altos índices de assédio moral, o Dia do Trabalhador é um marco e uma homenagem a todos os que tiveram força para levantar a voz e defender a classe trabalhadora.

A origem: Um marco na história de luta da classe trabalhadora

A comemoração do 1º de Maio, na conjuntura mundial, dá sequência às comemorações das lutas desenvolvidas desde o século 19. Foi por causa de uma greve de trabalhadores ocorrida em 1886, em Chicago, nos Estados Unidos, reivindicando jornada de 8 horas por dia, que esse dia entrou para a História como Dia Internacional dos Trabalhadores.

O slogan: “Eight-hour day with no cut in pay” (“diária de oito horas sem redução no pagamento”) era repetido por mais de 300 mil manifestantes que foram às ruas em Nova York, Chicago, Detroit e Milwauk, entre outras cidades. As passeatas marcaram o início de uma greve geral, que tinha essa única reivindicação: a redução da carga horária.

A data escolhida foi como homenagem aos trabalhadores assassinados nesse movimento e aos oito líderes trabalhistas que foram presos e enforcados por dirigirem a greve geral daquele ano.

O episódio tornou-se um marco para a luta dos trabalhadores em todo mundo. É um dia de luta e de luto em que devemos refletir sobre o papel desempenhado pelos trabalhadores em nossa sociedade.

Todos os bens necessários à nossa vida e toda a riqueza da sociedade, são produzidos a partir do trabalho humano. Infelizmente, os frutos desse trabalho não são usufruídos por quem o produz e sim por uma pequena classe que se apropria individualmente de toda a riqueza social. Como dizia Karl Marx: ”Se a classe operaria tudo produz, a ela tudo pertence.”

A data no Brasil

No Brasil, embora haja registros de manifestações operárias já no fim do século 19, a data foi oficializada em 1924 e acabou sendo instituída pela máquina estatal alguns anos mais tarde, na gestão Getúlio Vargas (1882-1954).

Trocando em miúdos, sem alterar o decreto original, Vargas mudou o protagonismo da data: deixou de ser o Dia do Trabalhador para se tornar o Dia do Trabalho. Então, o Dia do Trabalhador tornou-se um dia para “celebrar” o trabalho.

Infelizmente, o Dia do Trabalhador passou a ser comemorado com festas financiadas por patrões, com sorteios de brindes, omitindo o caráter contestador do 1º de maio que, até então era marcado por piquetes, passeatas e gritos de ordem.

Cabe a todos buscar de volta estas mobilizações que se davam com grande combatividade e que foram transformadas em meras festas. Temos que resgatar o verdadeiro sentindo dessa data. O 1º de maio é um dia de luta, dia de homenagear as trabalhadoras e trabalhadores que tombaram na luta por direitos e no enfrentamento contra a minoria que segue concentrado riqueza através da exploração do conjunto de nossa classe.

www.metamorfosecomunicacao.com / Verussa Ribeiro

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