A noite do sábado, 20 de março, foi de terror para os funcionários do Posto Jaqueira da Rede Menor Preço em Conceição do Jacuípe em Feira de Santana. Os funcionários estão bem, mas passaram por maus momentos.
Assaltantes chegaram de carro, humilharam os frentistas, ameaçaram furar seus olhos, colocando armas em suas bocas quando descobriram um cofre; saquearam tudo levando dinheiro, equipamento de informática, seus celulares e do cliente que apareceu, furaram os pneus do seu carro e tiraram suas roupas achando que ele era policial. Depois de todo esse estresse e horror, o patrão ainda exige que os frentistas paguem parte do dinheiro roubado. Veja os vídeos abaixo.
Insegurança
Segundo o presidente do Sinposba, Antonio do Lago, “infelizmente os empresários do setor de revenda de combustíveis não investem na segurança interna para proteger os trabalhadores e trabalhadoras e os clientes. Não contratam seguranças para defender a integridade dos funcionários e realizam os descontos indevidos nos salários,” disse.
A Diretoria do Sinposba entende que é obrigação do Estado dar segurança a todos os cidadãos, e obrigação dos proprietários dos postos garantirem e investirem em segurança nos ambientes de trabalho. Durante audiência, em 2015, com o então secretário de segurança do Estado, Maurício Barbosa, os diretores relataram diversos casos de crimes que ocorreram em postos de todas as regiões da Bahia, alguns com vítimas fatais; bem como situações de descaso dos proprietários que favorecem aos assaltos. Muitos postos não possuem câmeras, trabalham em horários estendidos lidando com dinheiro em espécie, possuem caixas-eletrônicos e não garantem nenhuma segurança aos trabalhadores e trabalhadoras.
Para o secretário de Comunicação do Sinposba, Eduardo Silva, funcionário da Rede Menor Preço, graças a Deus nossos colegas frentistas estão bem; quanto a segurança é importante, e necessário, que seja registrado o Boletim de Ocorrência na Polícia Civil em nome da empresa e dos funcionários que foram vítimas, bem como que seus relatos registrem data e horário dos assaltos; isso porque a policia trabalha com estatística, e para que possamos cobrar mais segurança da Secretaria de Segurança Pública do Estado, precisam ser encontradas ocorrências no sistema, o que não aconteceu de outras vezes, quando ocorreram fatos semelhantes,” concluiu Eduardo Silva.
