Volta às aulas – “Vacina para os educadores já!” APLB-Sindicato faz campanha em Defesa da Vida

Com peças publicitárias em outdoors, nas principais avenidas e bairros da cidade, a APLB-Sindicato divulga campanha de conscientização de que a volta às aulas presenciais só é segura com a priorização da vacinação dos trabalhadores em Educação. 

Estampando a frase “PARA AS ESCOLAS VOLTAREM A FUNCIONAR , VACINA PARA OS EDUCADORES JÁ!”, o material tem a intenção de reafirmar que as vidas valem muito e conteúdos se repõem, o ano letivo pode ser recuperado, mas vidas não.

Esta semana, foi veiculado na imprensa que o governo do Estado e Prefeitura de Salvador recuaram na defesa da volta às aulas presenciais e constaram que não há condições para o retorno neste momento, diante do aumento de casos de contaminação pelo covid-19.   O coordenador-geral da APLB-Sindicato, Rui Oliveira, continua firme na defesa dos trabalhadores em educação, da comunidade escolar e da população como um todo. “Ano letivo a gente recupera, vidas não!”, reafirma Rui.

Recentemente a APL-Sindicato emitiu Nota Pública,  publicada no Jornal A Tarde, sobre o tema

Aulas presenciais sem a imunização dos profissionais da Educação é genocídio!

O governo da Bahia prorrogou até 14 de fevereiro o Decreto que suspende as aulas presenciais no estado por conta da pandemia do coronavírus. Por determinação da juíza Juliana de Castro Madeira Campos, da 6ª Vara da Fazenda Pública de Salvador, as escolas baianas deverão ser reabertas até o dia 1º março. Segundo a magistrada, a suspensão das aulas viola o princípio constitucional da razoabilidade.

Tal fato leva a APLB-Sindicato a expressar, mais uma vez, publicamente, a opinião contrária da entidade à reabertura das escolas neste momento em que a vacina ainda não alcançou o público da Educação, o nosso estado contabiliza cerca de 40 mortos por dia e temos crianças internadas, diariamente, em estado grave, com Covid-19.

A escola é um dos ambientes com maior risco de contágio, um vetor de propagação de vírus. Além disso, as nossas unidades de ensino não possuem estrutura mínima para receber alunos e funcionários, de maneira segura, num contexto pandêmico.

Neste momento adverso, a APLB-SINDICATO levanta a bandeira em defesa da vida. Não admitiremos a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras da rede de ensino ao coronavírus.  Atuamos no sentido de minimizar os riscos de contaminação que uma volta às aulas presenciais pode apresentar neste contexto.  Portanto, incluir os trabalhadores da Educação nesta primeira fase de vacinação deveria ser prioridade das autoridades ao considerarem reabrir as escolas.  É papel dos governos municipais, estaduais e federal estruturarem medidas de contenção à pandemia para que pais, alunos, professores e demais profissionais de ensino sintam-se seguros para retornarem às salas de aula.

Contribuímos com a construção de um protocolo para um retorno sem impactos negativos na vida da comunidade escolar. Para a nossa entidade, qualquer decisão da Justiça, do poder público, no sentido de dar continuidade ao processo de aprendizagem, deve contemplar, garantir o bem-estar geral, a saúde e a segurança de professores, demais funcionários, alunos e familiares.

Estamos dispostos a tomar todas as medidas legais, cabíveis, inclusive a de realizarmos uma greve geral em defesa da vida dos nossos educadores. Evitar que as escolas atuem como amplificadores da Covid-19 nos ambientes de ensino é também o nosso dever.

Direção da APLB-SINDICATO

www.ctbbahia.org.br/ fonte: APLB-Sindicato