“Nosso trabalho é de vigilância, buscamos estar atentos a possibilidade de emergências virais”, pontuou em entrevista ao Portal M!
Jaqueline Góes de Jesus foi a cientista baiana que coordenou a equipe que sequenciou o genoma do coronavírus e ganhou o mundo pela importância do trabalho. Para se ter ideia da necessidade da atuação dela, na Itália, por exemplo, que foi o foco de expansão da doença na Europa, esse sequenciamento ainda não havia sido obtido até o início do mês de março. Nesta terça-feira (12), a cientista foi homenageada pela Câmara Municipal de Salvador. A cientista é a personalidade entrevistada no Podcast do Portal M!.
A biomédica explicou como foi o processo de trabalho para identificar o sequenciamento genético. “Nosso trabalho é de vigilância, buscamos estar atentos a possibilidade de emergências virais. Quando surgiram os primeiros casos na China a nossa equipe começou a se mobilizar na expectativa do vírus chegar ao Brasil por conta da globalização que é muito rápido. Foi um trabalho em equipe, calhou de ser no Carnaval e eu era quem estava disponível no dia e acabou que fiquei mais a frente, mas é um trabalho de preparação”, explica.
De acordo com Jaqueline, a equipe possui estrutura para responder a outras epidemias que possam surgir. “Essa é a ideia, trazer o mais rápido possível informações que possamos combater”, completa.
Referente à segunda onda, ela diz que o crescimento de casos se deve ao cansaço das pessoas diante do isolamento social. “Caminhamos para um ano de pandemia e as pessoas já estão cansadas e as recomendações não estão sendo seguidas à risca, mas precisamos manter os cuidados para vencer a pandemia”, finaliza.
Escute o podcast na íntegra abaixo:
