Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia
/ sexta-feira, novembro 22, 2024
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Vinte e cinco homens são resgatados de trabalho análogo à escravidão em garimpos ilegais no norte da BA

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Trabalhadores não obtêm EPI’s adequados e vivam em inadequados de lona e madeira. Responsáveis ​​irão responder por cerca de 160 autos de infração.

Vinte e cinco homens em situação semelhante à escravidão foram resgatados de cinco garimpos ilegais de ametista em Sento Sé, no norte da Bahia. A ação ocorreu entre os dias 1º e 11 de dezembro, e os responsáveis ​​pelas mineradoras vão responder por cerca de 160 autos de infração.

A ação foi feita por auditores-fiscais do Trabalho do Grupo Especial de Fiscalização Móvel – GEFM e também contou com a participação da Defensoria Pública da União – DPU, do Ministério Público do Trabalho – MPT, da Secretaria de Justiça Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado da Bahia – SJDHDS e da Polícia Federal – PF.

Os trabalhadores realizavam atividades de perfuração e escavação de poços e galerias (espécie de escavação horizontal dentro dos poços), sem os equipamentos de proteção individual corretos – alguns deles adquiridos que adquirem o material por conta própria. Máscaras para o trabalho de mineração não eram usados ​​pelos trabalhadores e nenhum deles recebeu treinamento para o trabalho em mina subterrânea.

A maioria dos trabalhadores eram de outras cidades e alojados em barracas improvisadas, feitas de madeira e cobertas com lona plástica. Sem instalações sanitárias, também não há local adequado para as refeições.

O MPT interditou o funcionamento da exploração mineral pelos riscos à saúde dos trabalhadores e os cinco responsáveis ​​pelo garimpo foram intimados a comparecer à Gerência Regional do Trabalho, em Juazeiro. Eles foram ouvidos e liberados em seguida.

Os responsáveis ​​pelas minas não foram presos de imediato e ficou definido o pagamento das multas rescisórias, que totalizaram R $ 206 milhões para os 25 trabalhadores. Três proprietários não pagaram os valores acordados e serão adotados procedimentos judiciais no MPF e no MPT para o pagamento ser efetuado.

Homens estavam alojados em barracas improvisadas de lona e madeira na área do garimpo - Foto: Sinait Bahia / Divulgação

Homens estavam alojados em barracas improvisadas de lona e madeira na área do garimpo – Foto: Sinait Bahia / Divulgação

Segundo o auditor-fiscal do trabalho, da Gerência Regional do Trabalho de Juazeiro, Diego Barros Leal, uma falta de condições para o desempenho das funções pode resultar em danos graves à saúde ou chegar a um acidente de trabalho que resultou na morte de algum trabalhador .

“A situação encontrada é preocupante, tendo em vista as condições degradantes encontradas no local. Mas, a partir de agora, a situação será monitorada de perto pelos órgãos de proteção do trabalho para que esse tipo de ocorrência não ocorra ”, determinada.

Os responsáveis ​​pelos garimpos sofrerem processo judicial do MPT, assim como do MPF, podendo resultar em condenação criminal ou na Justiça do Trabalho.

www.g1.globo.com/ba/bahia / 

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