A Federação Nacional dos Frentistas (Fenepospetro) e a Federação dos Frentistas de São Paulo (Fepospetro) realizaram nessa quarta-feira (18/11) uma reunião conjunta com o Carrefour. O encontro virtual foi para tratar de irregularidades encontradas em alguns dos 75 postos de abastecimento que a empresa multinacional opera em 13 estados brasileiros.
Participaram da reunião presidentes ou representantes de sindicatos de frentistas de várias cidades, regiões e estados brasileiros. Dentre as principais irregularidades, os frentistas apontaram o número insuficiente de trabalhadores nos postos, problemas com utilização do banco de horas e problemas com o pagamento de horas extras em feriados.
Houve ainda reclamações pelo assédio moral para o cumprimento de metas, além da má qualidade das cestas básicas, condições de higiene e condições de alimentação.
Práticas antissindicais – “Os trabalhadores do Carrefour também denunciaram que a rede distribui modelos de carta de oposição, além de dificultar o repasse das contribuições dos trabalhadores que autorizam o desconto para os sindicatos.
São práticas que trazem prejuízos à livre atuação dos sindicatos e são proibidas por lei”, apontou o secretário-geral em exercício da Fenepospetro, Wellington Bezerra, que coordenou a reunião junto com o presidente da Fepospetro, Luiz Arraes.
Participaram ainda, dentre os representantes dos trabalhadores, sindicalistas de cidades como: Campinas, Guarulhos, Jundiaí, Osasco, Ribeirão Preto, Santos, São Caetano, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba (SP); Campina Grande e João Pessoa (PB); Niterói e Rio de Janeiro (RJ); Belo Horizonte e Patos de Minas (MG); Vitória (ES); Rondônia; Salvador (BA); e Região do Entorno (GO).
Encaminhamentos – Pelo lado patronal, falaram o diretor de relações sindicais do Carrefour, Arismar Souza, e o gerente nacional do Carrefour, Leonardo Silva. Eles negaram que as práticas antissindicais sejam sistemáticas e disseram que os “problemas pontuais” nesse sentido serão resolvidos.
Disseram ainda que vão buscar orientação jurídica para saber como resolver problemas no recolhimento das contribuições sindicais. O que, segundo eles, ocorre devido ao fim da ultratividade das convenções coletivas de trabalho (CCTs), em praças nas quais as CCTs já estão vencidas. Os representantes do Carrefour disseram ainda que vão buscar junto à diretoria da empresa soluções para vários dos problemas relatados. Nova reunião conjunta será agendada em breve para verificar o cumprimento desses encaminhamentos.
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