Não é nenhuma novidade que o governo Bolsonaro não tem medido esforços para entregar o patrimônio nacional ao grande mercado, forçando a venda das estatais brasileiras. A revelação que Paulo Guedes tentou incluir um dispositivo que facilitaria a privatização de empresas públicas de estados e municípios só confirmou.
As entidades representativas dos trabalhadores estão ainda mais alertas. Se a proposta de reforma administrativa for aprovada, serão mantidos apenas os privilégios e salários dos que formam o topo do poder e mais impactam no orçamento público. Ou seja, parlamentares, ministros de tribunais superiores, juízes, desembargadores.
O governo vai prejudicar os trabalhadores que servem ao povo diariamente, como os empregados da Caixa, na linha de frente do atendimento nas agências. Vai acabar com a estabilidade de determinadas categorias de servidores e ainda facilitará a venda de empresas públicas imprescindíveis ao país.
No documento divulgado, nesta terça-feira (06/10), a lógica das privatizações foi apresentada de forma invertida. Ao invés de o presidente não propor a venda de uma companhia, o governo estaria previamente autorizado a privatizar todas as empresas. Só não aconteceria caso fosse manifestada a necessidade de manter o controle da atividade estatal.
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