O número de pessoas desempregadas no Brasil não para de subir e não é só por causa da pandemia causada pelo novo coronavírus. A política de neoliberal do governo Bolsonaro torna o dia a dia de quem busca por uma chance no mercado de trabalho ainda mais difícil. O resultado não podia ser outro. O país tinha 12,9 milhões de desempregados na segunda semana de agosto.
Os dados são da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Covid-19, do IBGE. É alto também o número de pessoas que cansaram de procurar uma vaga no mercado de trabalho. No mesmo período, 75,5 milhões de pessoas tinham desistido de procurar emprego.
Entre os inativos, 27,1 milhões alegam que não procuraram emprego por causa da pandemia da Covid-19 ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que que habitam. Mas 48,4 milhões não procuraram porque estão há muito tempo em busca e nunca encontram uma colocação.
Os dados servem para mostrar que nenhuma das reformas feitas antes por Michel Temer e agora por Bolsonaro eram efetivamente para gerar emprego. Pelo contrário. Na verdade, retiraram direitos, rebaixaram os salários e deixaram os trabalhadores vulneráveis. Beneficiado, só o grande capital.
Na pandemia, 61% perderam emprego ou renda
Como Jair Bolsonaro parece não se importar com a situação dos brasileiros, a pandemia causada pelo novo coronavírus prejudicou a maioria da população. Cerca de 61% perderam o emprego ou a renda em decorrência do estado de calamidade pública. Mesmo assim, o governo quer cortar pela metade o auxílio emergencial para pagar apenas R$ 300,00 para os trabalhadores atingidos pela crise.
A pesquisa do PoderData mostra que 35% dizem não ter sido afetados. No levantamento, realizado em agosto, foi constatado que os que mais sentiram o impacto na fonte de renda foram as pessoas sem renda fixa, cujo percentual chegou a 77%. Em seguida ficaram quem têm entre 25 e 44 anos, com 72%, e depois os moradores da região Norte, 71%.
Ao todo, 62% das mulheres foram prejudicadas por conta da pandemia e 56% dos atingidos só têm o ensino fundamental. A pesquisa ainda indica que 54% dos brasileiros deixaram de pagar alguma conta no último mês. Além disso, 46% da população correu risco de ser contaminado e saiu de casa para trabalhar durante a pandemia e 50% não precisaram sair.
www.bancariosbahia.org.br