Boletim do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – DIEESE, número 15 de 20 de julho de 2020, expõe os primeiros impactos da pandemia no mercado de trabalho; 18,5 milhões de brasileiros não trabalharam e não procuraram ocupação, 19 milhões de pessoas foram afastadas do trabalho e 30 milhões tiveram alguma redução de renda conheça a análise completa na 15ª edição do boletim Emprego em Pauta.
Em maio, 26,3 milhões de brasileiros declararam não ter trabalhado nem procurado trabalho, mas que gostariam de estar trabalhando. Entre eles, 18,5 milhões afirmaram estar nessa situação por causa da pandemia. Do total de ocupados, 19,0 milhões estavam afastados do trabalho. Desses, 15,7 milhões disseram que o motivo do afastamento era a pandemia e 9,7 milhões relataram ter deixado de receber remuneração.
Este boletim analisa a situação do rendimento dos trabalhadores que permaneceram ocupados em maio, em meio à pandemia.
Impactos da pandemia na ocupação
Cerca de 36% dos trabalhadores ocupados em maio (30 milhões de pessoas) tiveram alguma perda no rendimento na comparação com a situação anterior à pandemia. A redução média do rendimento foi de 61%.
Esse quadro se deve em grande parte à redução de demanda na economia ou à impossibilidade de o trabalho ser realizado diante das regras da quarentena. Cerca de 61% dos ocupados afastados das atividades tiveram perda média de 49% nos rendimentos. As perdas foram maiores entre os trabalhadores de serviços e do comércio: Cabeleireiro,
manicure e afins (58%), Vendedor ambulante – feirante, camelô, comerciante de rua, quiosque (49%), Artesão, costureiro e sapateiro (40%) e Comerciante – dono do bar, da loja etc. (39%).
Primeiros impactos da pandemia no mercado de trabalho
– 18,5 milhões de brasileiros não trabalharam e não procuraram ocupação devido à pandemia
– 19 milhões de pessoas foram afastadas do trabalho e 30 milhões tiveram alguma redução
no rendimento do trabalho
As perdas de rendimento foram maiores entre os ocupados dos serviços, do comércio e da construção e entre os trabalhadores informais. As perdas de rendimento foram expressivas também entre os ocupados em serviços essenciais na pandemia, como os entregadores e os trabalhadores da saúde e da limpeza e o auxílio emergencial tem sido essencial para cobrir boa parte da perda de rendimento
Conheça o Boletim do DIEESE completo
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