Motivada pela necessidade imediata de mudanças na resposta à pandemia do novo coronavírus diante da inoperância por parte do Governo Federal, entidades do campo da Saúde organizadas na Frente pela Vida vão apresentar a parlamentares e à sociedade o Plano Nacional de Enfrentamento à Covid-19. Com o documento, essas entidades afirmam que é possível sim o Brasil vencer o vírus e que não se pode naturalizar nenhuma morte evitável. A atividade será nesta sexta-feira, 3 de julho, às 10 horas, com transmissão pelos canais das organizações participantes.
O documento foi elaborado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES), Sociedade Brasileira de Bioética (SBB), Associação Rede Unida e e Conselho Nacional de Saúde (CNS), entidades que compõem a coordenação da Frente Pela Vida, com contribuições da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), Sociedade Brasileira de Virologia (SBV), Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), Rede de Médicas e Médicos Populares (RMMP), Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia (ABMMD). Junto com outras organizações, elas realizaram a Marcha Virtual pela Vida em 9 de junho passado, quando obtiveram a adesão de mais de 600 organizações e movimentos e reforçaram a defesa do SUS, da ciência, da educação, do meio ambiente, da solidariedade e da democracia como elementos essenciais à vida e extremamente necessários diante da emergência sanitária que o país atravessa.
Respeito à ciência, competência técnica, capacidade gestora e responsabilidade política são os pilares que orientam o Plano Nacional de Enfrentamento à Covid-19. Especialistas de diferentes áreas das ciências médicas, das ciências da saúde e das ciências sociais em saúde e importantes atores de movimentos sociais, de todas as regiões do país, trouxeram contribuições para sua elaboração.
Após Apresentação e Introdução, o documento debate a complexidade da pandemia e faz uma análise aprofundada dos Aspectos biomoleculares e clínicos e do Panorama Epidemiológico; analisando na sequência a Consolidação do SUS; a Ciência e Tecnologia (C&T) em saúde e produção de insumos estratégicos; o Fortalecimento do Sistema de Proteção Social; e a atenção às Populações Vulnerabilizadas e Direitos Humanos, mostrando que a ciência e sociedade brasileiras são capazes de produzir uma resposta alternativa ao descaso e descompasso geradores de morte. Ao final, o Plano traça recomendações às autoridades políticas e às sanitárias; aos gestores públicos em saúde; e à sociedade em geral.
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